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Expectativas de inflação para 2005 são exageradas, diz BC

Relatório de Inflação descarta centro da meta para 2004 e avalia que o maior fator de desestabilização no 2º trimestre foram os receios em torno da decisão do Fed sobre a taxa de juros americana. Decisão que sai, finalmente, hoje

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.

As expectativas ruins do mercado sobre a inflação contaminaram o cenário de 2005 e são exageradas. É uma das conclusões do Relatório de Inflação do Banco Central (BC), publicado nesta quarta-feira (30/6). Embora a deterioração de perspectativas desde maio seja um movimento natural para 2004, diz o BC, a elevação estendeu-se também a horizontes mais longos, com "intensidade que excede a persistência da reação da inflação a choques exógenos".
O BC reconhece que, partindo de um cenário de Selic a 16% ao ano e taxa de câmbio constante de 3,10 reais até o final de 2004, a inflação acumulada em 12 meses será de 6,4% no quarto trimestre, "portanto acima do ponto central da meta de 5,5% estabelecida para o ano".

Mas para 2005, o BC afirma que é plausível uma inflação até menor do que a meta para aquele ano de 4,4% ante a meta de 4,5% , contrariando as projeções do mercado, de uma inflação de 5,4% para 2005.

O relatório, que é trimestral, destaca que a mudança mais importante de cenário desde sua última edição foi o aumento da volatilidade do ambiente externo, decorrente "fundamentalmente das incertezas que ainda persistem acerca da dinâmica que deverá seguir a política monetária nos Estados Unidos".

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Hoje o comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central americano, define qual o novo patamar de sua taxa básica de juros, atualmente em 1%. Embora seja praticamente consensual entre os analistas um aumento de 0,25 ponto percentual, as preocupações concentram-se a respeito do tom que o comitê vai adotar ao justificar sua decisão, se explicitamente gradualista ou não.

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