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Expansão do crédito diminui na China após alerta

O indicador mais amplo de novos créditos da China subiu menos que o esperado no mês passado

China: após um fluxo recorde de crédito no primeiro trimestre, o banco central atualmente está evitando impulsionar o crescimento a todo custo (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 21h47.

O indicador mais amplo de novos créditos da China subiu menos que o esperado no mês passado, sugerindo que o banco central está começando a conter a onda de empréstimos em meio aos alertas das autoridades sobre possíveis efeitos colaterais do frenesi de dívidas.

O financiamento agregado foi de 751 bilhões de yuans (US$ 115 bilhões) em abril, disse o Banco Popular da China, abaixo de todas as 26 projeções dos analistas de uma pesquisa da Bloomberg. Os novos empréstimos em yuans somaram 555,6 bilhões de yuans, contra a mediana de estimativas de 800 bilhões de yuans.

Após um fluxo recorde de crédito no primeiro trimestre, o banco central atualmente está evitando impulsionar o crescimento a todo custo. O People’s Daily, jornal do Partido Comunista chinês, publicou uma entrevista na segunda-feira com uma “autoridade” não identificada que disse que a segunda maior economia do mundo precisa enfrentar seus empréstimos inadimplentes e outros riscos associados ao aumento dos níveis de dívida.

“O banco central começou a repensar e está se contendo após injetar muita liquidez no primeiro trimestre”, disse Shen Jianguang, economista-chefe para a Ásia da Mizuho Securities Asia em Hong Kong, em referência ao artigo do People’s Daily. “Eu esperava uma mudança na política monetária, mas não que viesse tão cedo”.

Oferta de dinheiro

A oferta de dinheiro M2 (Medida Ampla de Oferta Monetária) da China aumentou 12,8 por cento em relação ao ano anterior, disse o banco central chinês, contra um ganho de 13,5 por cento projetado pelos economistas e uma alta de 13,4 por cento em março.

Os empréstimos em moeda estrangeira caíram porque as empresas continuaram pagando os empréstimos internacionais e a emissão de títulos corporativos diminuiu, segundo dados do banco central.

Após a divulgação dos dados sobre empréstimos de sexta-feira, os indicadores a serem divulgados no sábado serão avaliados de perto para entender se a economia manteve o impulso em abril -- mesmo sem o estímulo do aumento de crédito -- ou se o avanço de março perdeu força depois que os novos empréstimos secaram.

A produção industrial deverá subir 6,5 por cento em abril em relação ao ano anterior, segundo uma pesquisa da Bloomberg com economistas, desta sexta-feira. Isso marcaria uma moderação em relação a março, quando as fábricas tiraram proveito do salto após o feriado do ano-novo chinês, mas ainda seria mais forte que a maior parte das leituras de 2015.

A previsão é que as vendas do varejo aumentem 10,6 por cento em abril em relação ao ano anterior. Isso aumentaria as evidências -- incluindo um aumento de 39 por cento nas receitas do Alibaba no trimestre de março -- de que os consumidores chineses continuam sendo um pilar de força da economia.

O investimento em ativos fixos deverá subir 11 por cento no período de janeiro a abril em relação ao ano anterior porque os estímulos continuam passando pela economia.

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O indicador mais amplo de novos créditos da China subiu menos que o esperado no mês passado, sugerindo que o banco central está começando a conter a onda de empréstimos em meio aos alertas das autoridades sobre possíveis efeitos colaterais do frenesi de dívidas.

O financiamento agregado foi de 751 bilhões de yuans (US$ 115 bilhões) em abril, disse o Banco Popular da China, abaixo de todas as 26 projeções dos analistas de uma pesquisa da Bloomberg. Os novos empréstimos em yuans somaram 555,6 bilhões de yuans, contra a mediana de estimativas de 800 bilhões de yuans.

Após um fluxo recorde de crédito no primeiro trimestre, o banco central atualmente está evitando impulsionar o crescimento a todo custo. O People’s Daily, jornal do Partido Comunista chinês, publicou uma entrevista na segunda-feira com uma “autoridade” não identificada que disse que a segunda maior economia do mundo precisa enfrentar seus empréstimos inadimplentes e outros riscos associados ao aumento dos níveis de dívida.

“O banco central começou a repensar e está se contendo após injetar muita liquidez no primeiro trimestre”, disse Shen Jianguang, economista-chefe para a Ásia da Mizuho Securities Asia em Hong Kong, em referência ao artigo do People’s Daily. “Eu esperava uma mudança na política monetária, mas não que viesse tão cedo”.

Oferta de dinheiro

A oferta de dinheiro M2 (Medida Ampla de Oferta Monetária) da China aumentou 12,8 por cento em relação ao ano anterior, disse o banco central chinês, contra um ganho de 13,5 por cento projetado pelos economistas e uma alta de 13,4 por cento em março.

Os empréstimos em moeda estrangeira caíram porque as empresas continuaram pagando os empréstimos internacionais e a emissão de títulos corporativos diminuiu, segundo dados do banco central.

Após a divulgação dos dados sobre empréstimos de sexta-feira, os indicadores a serem divulgados no sábado serão avaliados de perto para entender se a economia manteve o impulso em abril -- mesmo sem o estímulo do aumento de crédito -- ou se o avanço de março perdeu força depois que os novos empréstimos secaram.

A produção industrial deverá subir 6,5 por cento em abril em relação ao ano anterior, segundo uma pesquisa da Bloomberg com economistas, desta sexta-feira. Isso marcaria uma moderação em relação a março, quando as fábricas tiraram proveito do salto após o feriado do ano-novo chinês, mas ainda seria mais forte que a maior parte das leituras de 2015.

A previsão é que as vendas do varejo aumentem 10,6 por cento em abril em relação ao ano anterior. Isso aumentaria as evidências -- incluindo um aumento de 39 por cento nas receitas do Alibaba no trimestre de março -- de que os consumidores chineses continuam sendo um pilar de força da economia.

O investimento em ativos fixos deverá subir 11 por cento no período de janeiro a abril em relação ao ano anterior porque os estímulos continuam passando pela economia.

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