Expansão de serviços na China tem mínima de 8 meses
Novas encomendas encolheram pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2014 às 08h56.
Pequim - O setor de serviços da China cresceu no ritmo mais lento em oito meses em setembro após as novas encomendas terem encolhido pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras ( PMI , na sigla em inglês), expondo mais fraqueza na segunda maior economia do mundo.
O PMI oficial de serviços caiu para 54,0 em setembro contra 54,4 em agosto, informou a Agência Nacional de Estatísticas, mas ainda bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Em um sinal de que o esfriamento do mercado imobiliário continuou representando um peso sobre a economia, o PMI mostrou que o setor encolheu em setembro, junto com outras indústrias como as de logística e aviação.
A atividade fraca no setor imobiliário pesou sobre as novas encomendas em geral, cujo índice caiu para 49,5, nível que não era visto desde dezembro de 2008 e contra 50 em agosto.
"A temporada de pico do 'setembro dourado' no setor imobiliário não se materializou. O mercado acompanhou uma tendência fraca e a atividade ficou no lado fraco", disse Wu Wei, autoridade da Federação de Logística e Compras da China, que ajuda a publicar o PMI.
Os dados desta sexta-feira levam questões sobre se a ação da China nesta semana de cortar as taxas hipotecárias e os valores da entrada para alguns compradores de moradias será suficiente para reanimar o mercado imobiliário e o ímpeto econômico.
O emprego no setor de serviços encolheu pelo terceiro mês seguido, com o subíndice relativo recuando para 49,5 contra 49,6 em agosto.