Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), sugeriu na manhã desta quarta-feira (22/6) a investigação de todos os contratos firmados entre a estatal e empresas do grupo Bradesco. O funcionário, filmado recebendo 3 mil reais de propina, não apresentou provas das supostas irregularidades.

As informações de Marinho foram obtidas em seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI, com membros do Senado e da Câmara dos Deputados). A CPI investiga as denúncias de um esquema de corrupção na ECT, coordenado por Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

O ex-diretor dos Correios também lançou suspeitas sobre compras de veículos de transporte de cargas e sobre contratos de manutenção de equipamentos de informática. Sobre o flagrante em que recebeu 3 mil reais, Marinho disse que se tratava de pagamento por "prestação de assessoria", algo que não considera incorreto.

O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que a estratégia de Marinho de "atirar para os lados" é irresponsável, pois lança dúvidas sobre várias empresas sem que haja qualquer prova de irregularidade. Serraglio reafirmou que todos os contratos da ECT serão investigados pela CPMI.

Com informações da agência de notícias da Câmara dos Deputados.