Eurogrupo aborda hoje reformas gregas sem antecipar liquidez
Fontes europeias sublinharam que as sete medidas, que terão os detalhes divulgados amanhã, representam só uma parte das que Atenas deve especificar até abril
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2015 às 09h08.
Bruxelas - Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro escutarão nesta segunda-feira a exposição do titular grego Yanis Varoufakis sobre as reformas imediatas com as quais o país quer aumentar a arrecadação de impostos, mas não tomará decisões sobre uma antecipação financeira que alivie a urgência de liquidez da Grécia .
Varoufakis enviou ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, uma carta com sete pontos que quer aplicar de maneira acelerada, entre elas a melhora da arrecadação do IVA mediante patrulhas particulares, à qual o holandês respondeu "positivamente", segundo fontes governamentais gregas, embora alguns meios de comunicação sustentem que Bruxelas não se deu por satisfeita.
O próprio Dijsselbloem disse neste domingo em uma entrevista ao jornal holandês "Volkskrant" que "a Grécia tem uma necessidade urgente de dinheiro porque seus cofres parecem estar quase vazios, mas tem que dar algum passo antes de recebê-lo".
"Não acho que vá passar este mês", assinalou, mas destacando que "só daremos dinheiro quando os gregos mostrem que deram passos".
Fontes europeias sublinharam que as sete medidas, que terão os detalhes divulgados amanhã, representam só uma parte das que Atenas deve especificar até abril e adotar com as instituições, por isso não haverá nenhuma decisão na reunião dos 19 países que formam a zona do euro.
"As instituições terão que analisar todas as medidas exigidas em sua totalidade" no acordo alcançado em fevereiro para determinar se impactam ou não negativamente os objetivos orçamentários, a recuperação econômica ou a estabilidade financeira, e garantir que estejam plenamente financiadas.
"Por enquanto essas discussões não começaram", indicaram as fontes europeias.
A possibilidade de parte da ajuda financeira à Grécia ser antecipada em diferentes parcelas foi mencionada pelo próprio Dijsselbloem em entrevista, e em teoria pode acontecer se Atenas acelerar extremamente a implementação das reformas.
No entanto, em termos práticos e de calendário, esta opção não é considerada factível no Eurogrupo, pelo menos por enquanto, de acordo com as fontes.
Na reunião do Eurogrupo também o estado do resgate do Chipre também será discutido. O próximo desembolso ao país ainda está bloqueado por problemas com a legislação sobre despejos de inquilinos.
O ministro espanhol de Economia e Competitividade, Luis de Guindos, foi convidado a expor a seus colegas as reformas que o país realizou nos últimos anos, com uma ênfase nos serviços, porque o país é considerado "um exemplo para outros" que estão mais atrasados, segundo o Ministério da Economia.
Guindos fará referência à Lei de Garantia de Unidade de Mercado, a as licenças e aos horários comerciais, entre outras reformas, e espera que gere "ideias ou enriqueça os debates internos na hora de projetar e elaborar os programas nacionais de reformas" que a CE espera para abril.
No Eurogrupo, indicaram as fontes, também se discutirá o cumprimento das regras de consolidação fiscal sobre os planos orçamentários deste ano.
As mesmas fontes do Ministério da Economia garantiram que a declaração do Eurogrupo deixará claro que a CE vê agora "alcançável" a meta de déficit para este ano, estabelecida em 4,2% do PIB, e apontam que a CE elevou em seis décimos sua previsão de crescimento, para 2,3% do PIB.
Bruxelas - Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro escutarão nesta segunda-feira a exposição do titular grego Yanis Varoufakis sobre as reformas imediatas com as quais o país quer aumentar a arrecadação de impostos, mas não tomará decisões sobre uma antecipação financeira que alivie a urgência de liquidez da Grécia .
Varoufakis enviou ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, uma carta com sete pontos que quer aplicar de maneira acelerada, entre elas a melhora da arrecadação do IVA mediante patrulhas particulares, à qual o holandês respondeu "positivamente", segundo fontes governamentais gregas, embora alguns meios de comunicação sustentem que Bruxelas não se deu por satisfeita.
O próprio Dijsselbloem disse neste domingo em uma entrevista ao jornal holandês "Volkskrant" que "a Grécia tem uma necessidade urgente de dinheiro porque seus cofres parecem estar quase vazios, mas tem que dar algum passo antes de recebê-lo".
"Não acho que vá passar este mês", assinalou, mas destacando que "só daremos dinheiro quando os gregos mostrem que deram passos".
Fontes europeias sublinharam que as sete medidas, que terão os detalhes divulgados amanhã, representam só uma parte das que Atenas deve especificar até abril e adotar com as instituições, por isso não haverá nenhuma decisão na reunião dos 19 países que formam a zona do euro.
"As instituições terão que analisar todas as medidas exigidas em sua totalidade" no acordo alcançado em fevereiro para determinar se impactam ou não negativamente os objetivos orçamentários, a recuperação econômica ou a estabilidade financeira, e garantir que estejam plenamente financiadas.
"Por enquanto essas discussões não começaram", indicaram as fontes europeias.
A possibilidade de parte da ajuda financeira à Grécia ser antecipada em diferentes parcelas foi mencionada pelo próprio Dijsselbloem em entrevista, e em teoria pode acontecer se Atenas acelerar extremamente a implementação das reformas.
No entanto, em termos práticos e de calendário, esta opção não é considerada factível no Eurogrupo, pelo menos por enquanto, de acordo com as fontes.
Na reunião do Eurogrupo também o estado do resgate do Chipre também será discutido. O próximo desembolso ao país ainda está bloqueado por problemas com a legislação sobre despejos de inquilinos.
O ministro espanhol de Economia e Competitividade, Luis de Guindos, foi convidado a expor a seus colegas as reformas que o país realizou nos últimos anos, com uma ênfase nos serviços, porque o país é considerado "um exemplo para outros" que estão mais atrasados, segundo o Ministério da Economia.
Guindos fará referência à Lei de Garantia de Unidade de Mercado, a as licenças e aos horários comerciais, entre outras reformas, e espera que gere "ideias ou enriqueça os debates internos na hora de projetar e elaborar os programas nacionais de reformas" que a CE espera para abril.
No Eurogrupo, indicaram as fontes, também se discutirá o cumprimento das regras de consolidação fiscal sobre os planos orçamentários deste ano.
As mesmas fontes do Ministério da Economia garantiram que a declaração do Eurogrupo deixará claro que a CE vê agora "alcançável" a meta de déficit para este ano, estabelecida em 4,2% do PIB, e apontam que a CE elevou em seis décimos sua previsão de crescimento, para 2,3% do PIB.