EUA limitam dinheiro que cubanos podem enviar a seus familiares
"A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, sigla em inglês) está colocando um limite de US$ 1 mil por trimestre", anunciou secretário
EFE
Publicado em 6 de setembro de 2019 às 16h08.
Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira novas medidas que limitam para US$ 1 mil por trimestre a quantidade que os cubanos residentes em seu território podem enviar a seus parentes na Ilha através de remessas.
"A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, sigla em inglês) está colocando um limite de US$ 1 mil por trimestre que um remetente pode enviar para um cidadão cubano", afirmou o secretário do Departamento do Tesouro americano, Steven Mnuchin, em comunicado.
Além disso, ressaltou que estão proibidas as remessas a "familiares próximos de funcionários cubanos proibidos e membros do Partido Comunista de Cuba".
Até então, nem limites, quantidade ou frequência, desde que as remessas para Cuba entraram em vigência no ano de 2014, quando o governo do ex-presidente Barack Obama melhorou as relações com a Ilha, encerrando cinco décadas de hostilidade da Guerra Fria entre os dois países.
No entanto, em diversas ocasiões, o atual presidente Donald Trump classificou esta estratégia de "terrível e equivocada".
"Estamos tomando medidas adicionais para isolar financeiramente o regime cubano", afirmou Muchin.
O chefe do Tesouro americano argumentou que seu país "responsabiliza o regime cubano pela opressão do povo cubano e o apoio de outras ditaduras em toda a região, como o regime ilegítimo do (presidente venezuelano Nicolás) Maduro".
"Através destas emendas reguladoras, o Tesouro está negando a Cuba o acesso a moedas fortes, e estamos freando o mau comportamento do governo cubano enquanto continuamos apoiando o povo sofredor de Cuba".
No mês de junho, o Governo de Trump proibiu as viagens de cruzeiro para Cuba.
Desde então, os EUA não permitem visitas a Cuba através de embarcações de passageiros e recreativas, incluindo cruzeiros e iates, assim como aviões privados e corporativos.
No entanto, os voos comerciais seguem operando entre os dois países.