EUA diz que não houve concessão da China para adiamento de tarifas
O secretário de Comércio dos EUA afirmou que ainda é cedo para avaliar a situação das negociações comerciais
Reuters
Publicado em 14 de agosto de 2019 às 11h47.
Washington — Não houve concessões da China que motivaram a decisão dos Estados Unidos de adiar as tarifas sobre algumas importações chinesas até meados de dezembro, disse o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, nesta quarta-feira, acrescentando que é cedo demais para avaliar a situação das negociações comerciais entre os dois países.
Ross, em uma entrevista à CNBC, acrescentou que embora outras conversas telefônicas entre os dois lados tenham sido discutidas, uma data não foi marcada para outra rodada de discussões presenciais.
"Isso não foi um quid pro quo", disse Ross ao canal de televisão.
Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, recuou de seu prazo para a imposição de tarifas de 10% sobre milhares de importações chinesas, incluindo produtos de tecnologia, roupas e calçados, estendendo o prazo de 1° de setembro para 15 de dezembro para alguns itens. Autoridades dos EUA e da China também anunciaram novas negociações comerciais.
Ambos os desdobramentos levaram ações a subirem, o que gerou alívio temporário entre varejistas e grupos de tecnologia, no momento em que as duas maiores economias do mundo entram no segundo ano de sua guerra comercial.