EUA anunciam nova rodada de sanções contra Coreia do Norte
Empresas afetadas pelas sanções foram identificadas como fontes de financiamento do regime de Pyongyang
EFE
Publicado em 1 de junho de 2017 às 14h59.
Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira novas sanções econômicas contra seis empresas, entre elas duas companhias russas, além de três indivíduos da Coreia do Norte , identificadas como fontes de financiamento do regime de Pyongyang e em resposta ao seu programa de desenvolvimento de armas de destruição em massa.
"Os EUA continuarão agindo contra indivíduos e entidades responsáveis de financiar e apoiar os programas de armas nucleares e de mísseis balísticos, e seguirá aumentando a pressão contra este regime hostil", disse John E. Smith, diretor do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro.
Entre as empresas sancionadas, figuram as russas Ardis-Bearings LLC e vinculada ao programa nuclear de Pyongyang; e a Independent Petroleum Company (IPC), acusada de fornecer petróleo para a Coreia do Norte; bem como a Korea Computer Center (KCC), uma companhia estatal de tecnologia com escritórios em Alemanha, Síria, China, e Índia.
Além disso, foram afetadas pelas sanções as companhias Songi Trading Company, dedicada à exportação de carvão norte-coreano, e a Korea Zinc Industrial Group, responsável pelo comércio de zinco.
Com essas designações, ficam bloqueados os ativos financeiros que estas companhias possam ter sob jurisdição americana, e proíbem as transações financeiras destas com empresas e indivíduos dos EUA.
"O Tesouro está trabalhando com os nossos aliados para neutralizar as redes que permitem que a Coreia do Norte prossiga com as suas atividades desestabilizadoras, e pedimos a nossos aliados que tomem medidas paralelas para bloquear suas fontes de financiamento", frisou Smith.
Por último, o governo também anunciou sanções contra Kim Su-Kwang, um funcionário de inteligência norte-coreano que estava trabalhando de maneira encoberta em uma organização das Nações Unidas na Europa.
A decisão foi tomada porque a Coreia do Norte segue dando passos rumo ao desenvolvimento de uma tecnologia de mísseis de longo alcance capaz de alcançar o território americano, com contínuos testes militares, que elevaram as tensões regionais.