Leia a íntegra do pronunciamento do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Paul O Neill, após encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília:

"Eu quero, em primeiro lugar, agradecer o presidente Cardoso por ter tomado o tempo de se encontrar comigo hoje e compartilhar comigo os seus pontos de vista a respeito de condições econômicas e financeiras atuais e questões políticas.

Essa reunião, bem como minha reunião ontem à noite com o ministro da Fazenda, (Pedro) Malan, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o chefe da Casa Civil, (Pedro) Parente, foi cordial e muito útil para entender, em primeira mão, os desafios e as políticas necessárias para enfrentar esses desafios.

Em ambas as reuniões, reiterei o sólido apoio do presidente (dos EUA, George W.) Bush para o Brasil. O Brasil tem as políticas econômicas corretas para manter a estabilidade, para que a economia possa continuar a crescer. Os Estados Unidos estão prontos para apoiar o Brasil na medida em que vai implementando essas políticas. Nós apoiamos as discussões entre as autoridades do Brasil e as autoridades do Fundo Monetário Internacional.

Como a maior economia da América Latina, o sucesso do Brasil é importante ao sucesso econômico de todo o hemisfério.

Tendo viajado ao Brasil frequentemente nos meus 23 anos no setor privado, tenho visto, em primeira mão, o progresso dessa nação. O Brasil investiu em seu povo, abraçou a liberdade econômica, expandiu a competição e abriu o comércio e, em resultado, tem melhorado o seu padrão de vida. Nos últimos 10 anos, a mortalidade infantil caiu, o alfabetismo melhorou. As matrículas no ensino fundamental aumentaram de apenas 80% das crianças da escola primária em 1990 até 96% a partir de 2000. As pessoas aqui têm tido a criatividade e os recursos para alcançar o sucesso.

O presidente Bush tem dito muitas vezes que a prosperidade de todos os povos das Américas é vinculada irremediavelmente. Com a aprovação da Autoridade de Promoção Comercial (TPA) por nosso Congresso, o presidente Bush e a administração agora têm uma ferramenta crucial, necessária para completar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), aumentar os fluxos de bens e idéias entre os nossos cidadãos e melhorar as condições econômicas de todo o hemisfério.

Os Estados Unidos e o Brasil assumem a co-presidência das negociações da Alca a partir de novembro. Nós aguardamos ansiosamente a oportunidade de irmos em frente em conjunto, criando crescimento e oportunidade para todos os nossos cidadãos".