Economia

Estado Islâmico gera US$ 800 milhões graças ao petróleo

A produção de petróleo do grupo é estimada em 800 milhões de dólares por ano, o equivalente a 2 milhões de dólares por dia, segundo empresa americana


	Membro do EI: empresa acredita que a capacidade de produção do EI é de 350 mil barris por dia
 (AFP)

Membro do EI: empresa acredita que a capacidade de produção do EI é de 350 mil barris por dia (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 10h20.

Londres - A produção de petróleo do grupo Estado Islâmico (EI) é estimada em 800 milhões de dólares por ano, o equivalente a dois milhões de dólares por dia, segundo cálculos da empresa americana IHS.

"O grupo terrorista é capaz de gerar lucros significativos mesmo produzindo apenas uma fração da capacidade de petróleo do território sob seu controle e vendendo o produto que produz com um preço muito baixo no mercado negro", ressalta a IHS em um comunicado.

A empresa americana acredita que a capacidade de produção do EI é de 350.000 barris por dia (bpd), mas que tem produzido apenas entre 50 e 60 mil bpd, que depois é vendido no mercado negro por um preço entre 25 e 60 dólares o barril (40 dólares em média) - bem abaixo das taxas vigentes nos mercados internacionais, o Brent está atualmente em torno de 85 dólares por barril.

As vendas de petróleo do EI se "fazem essencialmente através de caminhões por rotas de contrabando a partir da fronteira com a Turquia", explica IHS.

"O petróleo alimenta a máquina de guerra do EI, especialmente os veículos militares vitais para seus movimentos e combates", e "financia diretamente as muitas atividades" do grupo, diz a empresa.

No entanto, a capacidade de refino do EI não está claramente estabelecida, a IHS estima ser bastante limitada a unidades móveis que cobrem principalmente o consumo próprio do grupo.

Os jihadistas do EI, que lançaram uma grande ofensiva no início de junho no Iraque, controlam extensas faixas de território iraquiano e tentam tomar a cidade curda de Kobane, na Síria.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEstado IslâmicoIslamismoLucroOriente MédioPetróleo

Mais de Economia

Dieese: mais de 87% dos reajustes salariais negociados em maio ficaram acima da inflação

Otimista com o Brasil, Emirates expandirá voos no Rio e aumentará oferta de '4ª cabine'

Situação fiscal não será 'muleta' para não perseguir a meta de inflação, diz Galípolo

Mais na Exame