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Especialista critica modelo de exploração do pré-sal aprovado no Senado

Brasília – O Brasil será prejudicado com a adoção do modelo de partilha da exploração de petróleo da camada pré-sal, na opinião do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Para ele, o modelo de concessão seria mais apropriado para o país. "O modelo de partilha vai centralizar muito poder nas mãos da […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília – O Brasil será prejudicado com a adoção do modelo de partilha da exploração de petróleo da camada pré-sal, na opinião do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Para ele, o modelo de concessão seria mais apropriado para o país. "O modelo de partilha vai centralizar muito poder nas mãos da União e é muito menos transparente que o modelo de concessão", avaliou.

O modelo de partilha de produção estabelece a divisão do petróleo extraído entre a União e as empresas ganhadoras das licitações. Pires também criticou o fato de o projeto ter sido votado pelo Congresso Nacional em um ano eleitoral. "O governo jamais poderia apresentar projeto de tamanha importância em ano de eleição. Quem vai pagar a conta são as gerações futuras", disse, citando a votação dos projetos ligados à exploração da camada pré-sal que terminou na madrugada de hoje (10), no Senado.

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O especialista disse que a emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que estabeleceu a divisão igualitária dos royalties do petróleo entre os estados e municípios, está no contexto da politização do debate sobre a questão. Ele espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete a proposta. Pires também é contrário à capitalização da Petrobras, aprovada pelos senadores. "A Petrobras poderia captar o dinheiro dela na Bolsa [de Valores] porque é uma empresa que tem facilidade para isso, não precisava ser por cessão onerosa."

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