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Energia hidráulica reduzirá participação na matriz até 2018

Segundo projeções do operador, no mesmo período a energia eólica terá forte alta, com participação passando de 1,9% para 8,6%

Hidrelétrica: queda da matriz hidráulica ocorrerá apesar da entrada em operação das novas hidrelétricas em construção (Paulo Santos/INTERFOTO/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 11h08.

Rio de Janeiro - O Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ) espera que a energia hidráulica reduza sua participação na matriz energética nacional de 74,8 por cento para 70,5 por cento no período de 2013 a 2018, disse nesta segunda-feira o assessor da diretoria-geral do ONS, Marcelo Prais.

Segundo projeções do operador, no mesmo período a energia eólica terá forte alta, com participação passando de 1,9 para 8,6 por cento, enquanto as térmicas a óleo passarão de 3,8 para 3 por cento.

A energia de biomassa também será reduzida, de 5,4 por cento para 4,9 por cento. As térmicas a gás cairão de 9,2 para 8,1 por cento, enquanto as térmicas a carvão terão baixa de 2,6 para 2 por cento. A energia nuclear, por sua vez, deve subir de 1,6 para 2,1 por cento com a entrada em operação de Angra 3.

Prais explicou, durante evento para o setor termelétrico no Rio de Janeiro, que a queda da matriz hidráulica ocorrerá apesar da entrada em operação das novas hidrelétricas em construção.

"Ainda há dois leilões de A-3 com entrada prevista para 2017 e 2018. Temos possibilidade de agregar mais à matriz energética", disse Prais, referindo-se ao leilão que trará fontes como gás, biomassa e eólica, com exceção de hidráulica, que não faz parte desse certame.

"O desafio é bastante grande", declarou. "A carga continua crescendo a uma taxa média no período de 2013 a 2018 de 4,2 por cento ao ano", completou. Prais explicou que apesar de a capacidade da hidráulica atingir 20.555 MW em 2018 com a entrada em operação de novas usinas, somente 1 por cento desse total representa reservatórios, o que segundo ele é um fator preocupante.

O assessor do ONS disse ainda ser necessária uma rediscussão na sociedade para constituição de novos reservatórios com capacidade de acumulação. "Não existe solução que possa prescindir dos reservatórios para conseguir crescimento sustentável do país".

"A intensificação do uso de fontes renováveis não convencionais intermitentes (eólicas e solares) é uma questão que consideramos importante, desde que não seja somente elas e que sejam acompanhadas dos pontos precedentes."

São Paulo* – As condições climáticas levaram a consultoria PSR a elevar a probabilidade de ocorrência de um racionamento de energia no Brasil de 6,0% em janeiro para 17,5% em fevereiro, segundo relatório do Morgan Stanley Research. Os setores mais vulneráveis a aumentos de preços são os de aço (a eletricidade representou 31,3% do ebitda deles em 2013), industrial (11,9%) e bebidas e alimentos (8,8%). O banco afirma que, em um cenário de racionamento, a maior parte dos papéis de sua cobertura deve ser afetado negativamente. O Morgan Stanley indica quais seriam os papéis mais afetados.   *Matéria atualizada no dia 21 de fevereiro, às 14:04 horas, após contato de uma das empresas e envio do relatório corrigido pelo Morgan Stanley. A alteração retirou as ações de Hypermarcas e JBS da lista e acrescentou o papel da Vale.
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