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Endividamento de empresas brasileiras deve piorar, diz Fitch

Em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas

Siderúrgica da CSN: em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas (Douglas Engle/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 13h27.

São Paulo - A combinação de fraca atividade econômica brasileira e aumento das taxas de juros dos empréstimos deve pressionar as métricas de endividamento da maioria das empresas do país em 2016, disse nesta segunda-feira a agência de classificação de risco Fitch .

Em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas, que poderiam se tornar inviáveis diante desse cenário. Além disso, a Fitch considerou que companhias como o grupo Camargo Corrêa, a Eletrobras e Oi podem ter seus ratings de crédito rebaixados.

"O aumento das taxas de juros brasileiras têm impedido a geração de fluxo de caixa livre (FCF), ameaçando a viabilidade de empresas como CSN e Usiminas e contribuindo para os downgrades da Camargo Corrêa, Eletrobras e Oi ", disse Cristina Madero.

A Fitch ressaltou que a taxa Selic subiu de 7,25 para 14,25 por cento ao ano desde 2013. Além disso, a linha de crédito mais barata do BNDES, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), passou de 5 para 7 por cento ao ano.

A Fitch calculou que 32 por cento das companhias avaliadas por ela no país hoje gastam mais de metade do resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) com serviço da dívida, ante 24 por cento no fim de 2013.

"A maioria dos emissores não é capaz de evitar um aumento do custo da dívida local. Os mercados de capitais internacionais permanecem fechados para a maioria das empresas, devido a preocupações ligadas à deterioração do ambiente político e econômico do Brasil e incertezas relacionadas a várias investigações de corrupção", comentou a Fitch.

A agência lembrou ainda que apenas seis empresas brasileiras conseguiram acessar o mercado em 2015: Petrobras, Votorantim Cimentos, Oi, Embraer, Globo e BRF. Em 2014, 36 companhias haviam conseguido emitir papéis no mercado.

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Em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas, que poderiam se tornar inviáveis diante desse cenário. Além disso, a Fitch considerou que companhias como o grupo Camargo Corrêa, a Eletrobras e Oi podem ter seus ratings de crédito rebaixados.

"O aumento das taxas de juros brasileiras têm impedido a geração de fluxo de caixa livre (FCF), ameaçando a viabilidade de empresas como CSN e Usiminas e contribuindo para os downgrades da Camargo Corrêa, Eletrobras e Oi ", disse Cristina Madero.

A Fitch ressaltou que a taxa Selic subiu de 7,25 para 14,25 por cento ao ano desde 2013. Além disso, a linha de crédito mais barata do BNDES, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), passou de 5 para 7 por cento ao ano.

A Fitch calculou que 32 por cento das companhias avaliadas por ela no país hoje gastam mais de metade do resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) com serviço da dívida, ante 24 por cento no fim de 2013.

"A maioria dos emissores não é capaz de evitar um aumento do custo da dívida local. Os mercados de capitais internacionais permanecem fechados para a maioria das empresas, devido a preocupações ligadas à deterioração do ambiente político e econômico do Brasil e incertezas relacionadas a várias investigações de corrupção", comentou a Fitch.

A agência lembrou ainda que apenas seis empresas brasileiras conseguiram acessar o mercado em 2015: Petrobras, Votorantim Cimentos, Oi, Embraer, Globo e BRF. Em 2014, 36 companhias haviam conseguido emitir papéis no mercado.

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