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Empresas espanholas congelam investimentos na América Latina

70% das companhias espanholas presentes na região acreditam que a crise econômica vai repercutir na América Latina em maior grau do que em anos anteriores

Embora a crise também tenha afetado a América Latina, o relatório destaca que a situação econômica predominante continua sendo muito boa ou boa no Brasil (Clara Zamith/Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 14h22.

Madri - As principais empresas espanholas congelarão neste ano seus investimentos na América Latina diante do risco da crise financeira mundial afetar negativamente a região, principalmente o Brasil e o México.

O posicionamento aparece no quinto relatório '2012: Panorama de Investimento na América Latina', elaborado pelo IE Business School em colaboração com diferentes Câmaras de Comércio e embaixadas.

Pelo documento apresentado nesta quarta-feira em Madri, 70% das empresas espanholas presentes na América Latina acreditam que a crise econômica vai repercutir nessa região em maior grau do que em anos anteriores.

O estudo revela, no entanto, que as grandes empresas promovem e arrastam cada vez mais os investimentos das pequenas e médias empresas na América Latina e que o recrudescimento da crise na Europa fará com que as médias e pequenas empresas apostem nesses mercados emergentes.

Como explicou o professor do IE Business Juan Carlos Martínez, autor do relatório, as pequenas e médias companhias que haviam ficado em países europeus por serem mercados mais propícios por terem uma moeda comum chegarão à América Latina em busca de um crescimento econômico garantido.

A crise 'forçará a internacionalização em direção à América Latina porque ali está o prêmio', disse. Segundo ele, embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado na região, não está sendo de forma 'tão severa' como havia sido previsto.

Brasil continua como o mercado mais atrativo da América Latina para investir e 88% das empresas entrevistadas pensam que a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, servem de 'incentivo' para a expansão.

A maioria descarta que um reaquecimento da economia brasileira possa gerar problemas e desequilíbrios e pensa que o país continuará crescendo, embora em ritmo mais suave.

São Paulo e a capital mexicana são as cidades latino-americanas mais atraentes para captar os investimentos espanhóis, que procura as vantagens do mercado interno e do potencial de uma classe média que está aumentando sua renda.

Neste sentido, o estudo aponta a baixa qualificação da mão-de-obra como o 'calcanhar-de-aquiles' para as empresas espanholas.

Embora a crise econômica seja global e também tenha afetado a América Latina, o relatório destaca que a situação econômica predominante continua sendo muito boa ou boa no Brasil.

No relatório participaram a maioria das empresas cotadas no Ibex 35, principal indicador da Bolsa dos Valores da Espanha, e aquelas com maior faturamento e com presença na América Latina, como os bancos Santander e BBVA, Telefônica, Iberdrola e Ferrovial.

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Madri - As principais empresas espanholas congelarão neste ano seus investimentos na América Latina diante do risco da crise financeira mundial afetar negativamente a região, principalmente o Brasil e o México.

O posicionamento aparece no quinto relatório '2012: Panorama de Investimento na América Latina', elaborado pelo IE Business School em colaboração com diferentes Câmaras de Comércio e embaixadas.

Pelo documento apresentado nesta quarta-feira em Madri, 70% das empresas espanholas presentes na América Latina acreditam que a crise econômica vai repercutir nessa região em maior grau do que em anos anteriores.

O estudo revela, no entanto, que as grandes empresas promovem e arrastam cada vez mais os investimentos das pequenas e médias empresas na América Latina e que o recrudescimento da crise na Europa fará com que as médias e pequenas empresas apostem nesses mercados emergentes.

Como explicou o professor do IE Business Juan Carlos Martínez, autor do relatório, as pequenas e médias companhias que haviam ficado em países europeus por serem mercados mais propícios por terem uma moeda comum chegarão à América Latina em busca de um crescimento econômico garantido.

A crise 'forçará a internacionalização em direção à América Latina porque ali está o prêmio', disse. Segundo ele, embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado na região, não está sendo de forma 'tão severa' como havia sido previsto.

Brasil continua como o mercado mais atrativo da América Latina para investir e 88% das empresas entrevistadas pensam que a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, servem de 'incentivo' para a expansão.

A maioria descarta que um reaquecimento da economia brasileira possa gerar problemas e desequilíbrios e pensa que o país continuará crescendo, embora em ritmo mais suave.

São Paulo e a capital mexicana são as cidades latino-americanas mais atraentes para captar os investimentos espanhóis, que procura as vantagens do mercado interno e do potencial de uma classe média que está aumentando sua renda.

Neste sentido, o estudo aponta a baixa qualificação da mão-de-obra como o 'calcanhar-de-aquiles' para as empresas espanholas.

Embora a crise econômica seja global e também tenha afetado a América Latina, o relatório destaca que a situação econômica predominante continua sendo muito boa ou boa no Brasil.

No relatório participaram a maioria das empresas cotadas no Ibex 35, principal indicador da Bolsa dos Valores da Espanha, e aquelas com maior faturamento e com presença na América Latina, como os bancos Santander e BBVA, Telefônica, Iberdrola e Ferrovial.

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