Empresas alemãs enfrentam incertezas de mercados emergentes
As empresas com recursos financeiros mais modestos estão sendo retidas por uma queda nos negócios causada pela falta de confiança
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2016 às 13h33.
Berlim - O nervosismo entre os consumidores de produtos alemães em todo o mundo --muitas vezes mais por problemas que ainda não se materializaram-- está forçando alguns fabricantes de pequeno e médio porte a adiar investimentos, ameaçando prejudicar o crescimento econômico.
Estas empresas, em grande parte de propriedade familiar do "Mittelstand", a espinha dorsal da indústria alemã, definitivamente enfrentam problemas neste ano nos principais mercados de exportação, com uma desaceleração econômica na China e recessão na Rússia e no Brasil.
Mas grande parte da ansiedade entre os clientes é do teor "e se": "e se a turbulência nos mercados financeiros se espalha para a economia real, e se o Ocidente entra em um grave confronto com a Rússia, e se a Grã-Bretanha sai da União Europeia?" Essas coisas podem não acontecer, mas o risco é que o medo desencadeie uma espiral descendente, que chegue ao "Mittelstand" com o cancelamento de possíveis encomendas e daquelas já feitas.
As maiores empresas alemãs --como a Daimler, Basf e ThyssenKrupp -- podem se dar ao luxo de olhar além de tais incertezas de curto prazo e avançar com planos de investimento.
No entanto, as empresas "Mittelstand" com recursos financeiros mais modestos compõem cerca de 98 por cento das empresas de exportação alemãs e estão sendo retidas por uma queda nos negócios causada pela falta de confiança, devido a riscos políticos e queda em mercados de ações, energia e commodities.
"Estamos preocupados de sermos levados a uma crise pelo discurso", disse Josef Minster, presidente-executivo do Grupo Schlemmer, um fornecedor automotivo.
"Eu vejo um risco claro aqui que reações de pânico em mercados financeiros podem se espalhar e afetar a economia real", disse Minster, apontando a China , a Rússia e o Brasil como os pontos fracos das perspectivas de crescimento da empresa.
Berlim - O nervosismo entre os consumidores de produtos alemães em todo o mundo --muitas vezes mais por problemas que ainda não se materializaram-- está forçando alguns fabricantes de pequeno e médio porte a adiar investimentos, ameaçando prejudicar o crescimento econômico.
Estas empresas, em grande parte de propriedade familiar do "Mittelstand", a espinha dorsal da indústria alemã, definitivamente enfrentam problemas neste ano nos principais mercados de exportação, com uma desaceleração econômica na China e recessão na Rússia e no Brasil.
Mas grande parte da ansiedade entre os clientes é do teor "e se": "e se a turbulência nos mercados financeiros se espalha para a economia real, e se o Ocidente entra em um grave confronto com a Rússia, e se a Grã-Bretanha sai da União Europeia?" Essas coisas podem não acontecer, mas o risco é que o medo desencadeie uma espiral descendente, que chegue ao "Mittelstand" com o cancelamento de possíveis encomendas e daquelas já feitas.
As maiores empresas alemãs --como a Daimler, Basf e ThyssenKrupp -- podem se dar ao luxo de olhar além de tais incertezas de curto prazo e avançar com planos de investimento.
No entanto, as empresas "Mittelstand" com recursos financeiros mais modestos compõem cerca de 98 por cento das empresas de exportação alemãs e estão sendo retidas por uma queda nos negócios causada pela falta de confiança, devido a riscos políticos e queda em mercados de ações, energia e commodities.
"Estamos preocupados de sermos levados a uma crise pelo discurso", disse Josef Minster, presidente-executivo do Grupo Schlemmer, um fornecedor automotivo.
"Eu vejo um risco claro aqui que reações de pânico em mercados financeiros podem se espalhar e afetar a economia real", disse Minster, apontando a China , a Rússia e o Brasil como os pontos fracos das perspectivas de crescimento da empresa.