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Empresários vão vender refeições e combustível sem imposto

Uma série de manifestações ocorrerão esta semana em várias cidades do país para protestar contra o peso dos impostos no bolso do cidadão

Dinheiro: estão previstas promoções parecidas em outras regiões do país, com preços nos cardápios de bares e restaurantes sem cobrança de impostos. (REUTERS/Bruno Domingos)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - Para protestar contra o peso dos impostos no bolso do cidadão, uma série de manifestações irá ocorrer esta semana em várias cidades do país. Organizado pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), os eventos servem para lembrar o Dia de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos, no dia 25 de maio.

Segundo os organizadores, o objetivo é alertar sobre a alta carga tributária e mostrar os efeitos dos impostos no preço final dos produtos. Os organizadores também pedem “a correta e efetiva aplicação dos impostos em benefícios da população”.

Participam também do movimento a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Movimento Brasil Eficiente.

Em Brasília, um posto de combustíveis na 206 Norte, área nobre da cidade, colocou à venda o litro da gasolina a R$ 1,87. O preço normal do produto, em média na região, é R$ 2,99. Às 6h30, uma longa fila já se formava próximo ao posto. A promoção permanecerá até que sejam vendidos 30 mil litros do combustível. Cada motorista poderá abastecer o carro com até 20 litros.

Wonder Jarjour, gerente do posto, destaca que a campanha é para mostrar à população que os lojistas não são os responsáveis pelo aumento do preço. O posto vai arcar com o imposto que não será cobrado do consumidor. “Colocamos apenas 20 litros por carro para atender a todos. O posto vai arcar com o restante que deixamos de ganhar com essa redução”, disse.


“Estou aproveitando a retirada do imposto para pagar um pouco menos no valor do combustível, que hoje está muito caro. Vale a pena porque economizarei mais de R$ 1 por litro”, disse Camila Leite, servidora pública, que no momento da entrevista já estava há três horas e meia na fila.

O eletricista Paul Alves, também na fila, disse que se for necessário ficará até mais tempo só para aproveitar a promoção. “Estou na fila há quatro horas e ficarei mais se for preciso. Queria encher meu tanque, mas não pode [devido ao limite de 20 litros por cliente]”, contou.

Estão previstas promoções parecidas em outras regiões do país, com preços nos cardápios de bares e restaurantes sem cobrança de impostos, cujo percentual de tributos chega a 32% ao final da conta, conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. No caso dos combustíveis, o Conaje destaca que o percentual é ainda maior, equivalente a 53%.

O dia 25 de maio foi escolhido porque, segundo os cálculos do movimento, marca o número de dias no ano que os brasileiros somente trabalham para pagar os tributos e impostos. Os manifestantes também estão colhendo assinaturas de apoio à proposta para redução e simplificação dos impostos e criação de um Conselho de Gestão Fiscal para ajustar o sistema fiscal brasileiro, que será encaminhada ao Congresso Nacional.

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Brasília - Para protestar contra o peso dos impostos no bolso do cidadão, uma série de manifestações irá ocorrer esta semana em várias cidades do país. Organizado pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), os eventos servem para lembrar o Dia de Respeito ao Contribuinte e da Liberdade de Impostos, no dia 25 de maio.

Segundo os organizadores, o objetivo é alertar sobre a alta carga tributária e mostrar os efeitos dos impostos no preço final dos produtos. Os organizadores também pedem “a correta e efetiva aplicação dos impostos em benefícios da população”.

Participam também do movimento a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Movimento Brasil Eficiente.

Em Brasília, um posto de combustíveis na 206 Norte, área nobre da cidade, colocou à venda o litro da gasolina a R$ 1,87. O preço normal do produto, em média na região, é R$ 2,99. Às 6h30, uma longa fila já se formava próximo ao posto. A promoção permanecerá até que sejam vendidos 30 mil litros do combustível. Cada motorista poderá abastecer o carro com até 20 litros.

Wonder Jarjour, gerente do posto, destaca que a campanha é para mostrar à população que os lojistas não são os responsáveis pelo aumento do preço. O posto vai arcar com o imposto que não será cobrado do consumidor. “Colocamos apenas 20 litros por carro para atender a todos. O posto vai arcar com o restante que deixamos de ganhar com essa redução”, disse.


“Estou aproveitando a retirada do imposto para pagar um pouco menos no valor do combustível, que hoje está muito caro. Vale a pena porque economizarei mais de R$ 1 por litro”, disse Camila Leite, servidora pública, que no momento da entrevista já estava há três horas e meia na fila.

O eletricista Paul Alves, também na fila, disse que se for necessário ficará até mais tempo só para aproveitar a promoção. “Estou na fila há quatro horas e ficarei mais se for preciso. Queria encher meu tanque, mas não pode [devido ao limite de 20 litros por cliente]”, contou.

Estão previstas promoções parecidas em outras regiões do país, com preços nos cardápios de bares e restaurantes sem cobrança de impostos, cujo percentual de tributos chega a 32% ao final da conta, conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. No caso dos combustíveis, o Conaje destaca que o percentual é ainda maior, equivalente a 53%.

O dia 25 de maio foi escolhido porque, segundo os cálculos do movimento, marca o número de dias no ano que os brasileiros somente trabalham para pagar os tributos e impostos. Os manifestantes também estão colhendo assinaturas de apoio à proposta para redução e simplificação dos impostos e criação de um Conselho de Gestão Fiscal para ajustar o sistema fiscal brasileiro, que será encaminhada ao Congresso Nacional.

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