Empresários atacam falta de diálogo com o governo
Os empresários também criticaram maquiagens nas contas do governo federal e os atrasos em investimentos nas áreas de infraestrutura e logística
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 08h13.
Brasília - Em jantar na residência oficial do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na noite de terça-feira, 18, presidentes e representantes de algumas das maiores empresas do País fizeram uma série de críticas ao governo Dilma Rousseff .
Além de reclamar da falta de interlocução, os empresários criticaram maquiagens nas contas do governo federal e os atrasos em investimentos nas áreas de infraestrutura e logística. Os parlamentares que participaram do encontro saíram com a sensação de que, além das críticas a Dilma, os principais rivais na eleição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), também não empolgam o "PIB brasileiro".
Participaram do evento os presidentes da Gerdau S.A., Jorge Gerdau Johannpeter, da BRF-Brasil Foods, Cláudio Galleazi, do Conselho de Administração do Santander, Gustavo Carlos Marin, os vice-presidentes da Ambev, Pedro Mariani, da construtora Andrade Gutierrez, Gustavo Barreto, do grupo Queiroz Galvão, Luiz Ronaldo Cherulli, e da Marcopolo, José Antonio Fernandes Martins.
Estavam presentes, ainda, o diretor de operações da Ipiranga, José Augusto Dutra Nogueira, além de representantes de empresas como Souza Cruz, Companhia Brasileira de Cartuchos, Cosan, OAS, entre outras.
Pela Câmara, além de Alves, participaram os líderes do PP, Eduardo da Fonte (PP), do PMDB, Eduardo Cunha, do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que foi o responsável pelo convite aos empresários.
Questionamentos
Os parlamentares ouviram um rosário de críticas à administração federal. Os empresários reclamam que as decisões são tomadas sem que os setores afetados sejam ouvidos previamente e fizeram questionamentos sobre a situação fiscal do governo.
Nas conversas, relataram que "maquiagens nas contas públicas" retiraram a credibilidade da administração Dilma. Isso teria provocado retração de investimentos no País.
Os ataques se estenderam a projetos de infraestrutura e logística. Para os empresários presentes, segundo relato de parlamentares, os atrasos frequentes nessas áreas causam perda de competitividade às empresas nacionais.
Diálogo
Goergen acredita que o encontro pode ser um embrião de um "Conselhão da Câmara", para que os parlamentares passem a ter um contato direto com os empresários. "Não é feio falar com empresários. São eles que geram riqueza e precisamos ouvi-los", disse o deputado do PP gaúcho. Para ele, apesar das críticas a Dilma, os empresários ainda não enxergam claramente os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB) como políticos capazes de mudar o cenário macroeconômico.
As críticas aos deputados vão na mesma linha das levantadas pelo presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Passos, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Há duas semanas, ele afirmou que a confiança dos empresários no governo acabou.
A declaração provocou reação no governo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que é preciso fazer uma "discussão de relação" com os empresários e que os problemas podem ser resolvidos na conversa. "Empresário ficar fazendo beicinho não dá", disse o ministro, também à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - Em jantar na residência oficial do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na noite de terça-feira, 18, presidentes e representantes de algumas das maiores empresas do País fizeram uma série de críticas ao governo Dilma Rousseff .
Além de reclamar da falta de interlocução, os empresários criticaram maquiagens nas contas do governo federal e os atrasos em investimentos nas áreas de infraestrutura e logística. Os parlamentares que participaram do encontro saíram com a sensação de que, além das críticas a Dilma, os principais rivais na eleição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), também não empolgam o "PIB brasileiro".
Participaram do evento os presidentes da Gerdau S.A., Jorge Gerdau Johannpeter, da BRF-Brasil Foods, Cláudio Galleazi, do Conselho de Administração do Santander, Gustavo Carlos Marin, os vice-presidentes da Ambev, Pedro Mariani, da construtora Andrade Gutierrez, Gustavo Barreto, do grupo Queiroz Galvão, Luiz Ronaldo Cherulli, e da Marcopolo, José Antonio Fernandes Martins.
Estavam presentes, ainda, o diretor de operações da Ipiranga, José Augusto Dutra Nogueira, além de representantes de empresas como Souza Cruz, Companhia Brasileira de Cartuchos, Cosan, OAS, entre outras.
Pela Câmara, além de Alves, participaram os líderes do PP, Eduardo da Fonte (PP), do PMDB, Eduardo Cunha, do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que foi o responsável pelo convite aos empresários.
Questionamentos
Os parlamentares ouviram um rosário de críticas à administração federal. Os empresários reclamam que as decisões são tomadas sem que os setores afetados sejam ouvidos previamente e fizeram questionamentos sobre a situação fiscal do governo.
Nas conversas, relataram que "maquiagens nas contas públicas" retiraram a credibilidade da administração Dilma. Isso teria provocado retração de investimentos no País.
Os ataques se estenderam a projetos de infraestrutura e logística. Para os empresários presentes, segundo relato de parlamentares, os atrasos frequentes nessas áreas causam perda de competitividade às empresas nacionais.
Diálogo
Goergen acredita que o encontro pode ser um embrião de um "Conselhão da Câmara", para que os parlamentares passem a ter um contato direto com os empresários. "Não é feio falar com empresários. São eles que geram riqueza e precisamos ouvi-los", disse o deputado do PP gaúcho. Para ele, apesar das críticas a Dilma, os empresários ainda não enxergam claramente os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB) como políticos capazes de mudar o cenário macroeconômico.
As críticas aos deputados vão na mesma linha das levantadas pelo presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Passos, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Há duas semanas, ele afirmou que a confiança dos empresários no governo acabou.
A declaração provocou reação no governo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que é preciso fazer uma "discussão de relação" com os empresários e que os problemas podem ser resolvidos na conversa. "Empresário ficar fazendo beicinho não dá", disse o ministro, também à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.