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Emprego industrial sobe 1,1% em 2005, mas desacelera

Último trimestre registra queda em relação ao mesmo período de 2004 e sugere freada da abertura de vagas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.

O emprego na indústria encerrou 2005 com crescimento de 1,1% sobre o ano retrasado. Embora positivos, os resultados indicam uma desaceleração no ritmo de criação de postos de trabalho. Em 2004, por exemplo, os empregos cresceram 1,9%. Os dados do último trimestre de 2005 também não são favoráveis. Num período em que, tradicionalmente, o número de vagas sobe graças às encomendas natalinas, o nível de emprego caiu 0,7% em relação ao mesmo período de 2004 e 0,4% sobre o terceiro trimestre.

Somente em dezembro, o contingente ocupado recuou 0,2% em relação a novembro e 0,8% sobre o último mês de 2004. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado negativo de dezembro contribuiu para que a trajetória do emprego continuasse descendente. A média móvel trimestral - baseada nos três últimos resultados mensais -, por exemplo, caiu 0,3%.

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Alguns setores contribuíram fortemente para abertura de novos postos no ano passado. Os principais destaques foram os setores de alimentos e bebidas (alta de 7,1%), meios de transportes (9%), e produtos de metal (4,6%). Outros ramos econômicos, porém, apresentaram forte retração, como calçados e artigos de couro (-11,7%), madeira (-9%), e vestuário (-3,6%). Em termos regionais, São Paulo e Minas Gerais foram os estados que mais geraram empregos, com altas de 2,3% e 3,9%, respectivamente.

Horas pagas e folha de pagamento

O número de horas pagas cresceu 0,8% no ano passado. Os dados dos últimos meses, porém, também indicam uma freada no ritmo da indústria. Na comparação entre dezembro de 2005 e de 2004, as horas pagas caíram 0,6%. Em relação a novembro, a queda foi de 0,3%. Já no quarto trimestre, o decréscimo foi de 0,5% sobre igual período de 2004.

O valor real da folha de pagamento fechou 2005 com alta de 3,4%. Também neste caso, o IBGE destaca a perda de fôlego no final do ano. No quarto trimestre, a folha cresceu 1,8% sobre igual período do ano retrasado. O desempenho ficou bem abaixo dos 3,9% registrados no terceiro trimestre.

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