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Emprego e salário do setor industrial caíram em outubro

Para economistas, o mercado de trabalho da indústria refletiu de forma inesperadamente rápida a queda da produção física

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

O nível de emprego industrial caiu 0,2% de setembro para outubro, depois de cinco altas na comparação do mês com mês anterior. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (17/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acumulado do ano registrou avanço de 1,4% no emprego do setor.

Na comparação com mesmo mês do ano anterior, São Paulo (+4,7%) e Minas Gerais (+6,6%) foram destacados pelo instituto, porque naqueles estados o aumento superou a média nacional, de 4,2%. Rio de Janeiro (-1,4%) e Rio Grande do Sul (-0,4%) responderam pelas quedas mais importantes nesse tipo de comparação.

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O dado de emprego se alinha ao desempenho da produção industrial, que entre setembro e outubro recuou 0,4%, na série livre de influências sazonais (o segundo mês consecutivo de queda). Para alguns economistas, os números não indicam retração, mas umareacomodaçãoda atividade.

Na opinião da equipe econômica do banco Bradesco, o mercado de trabalho da indústria refletiu de forma inesperadamente rápida a queda da produção física. "Os indicadores do mercado de trabalho tendem a ser os últimos a sofrer os efeitos tanto de movimentos de aceleração quanto de desaceleração do nível de atividade." Para os economistas do banco, o que está ocorrendo é um menor dinamismo da demanda interna, confirmado por dados recentes de desempenho docomércio varejistae do nível de confiança do consumidor. "Os bens mais sensíveis às taxas de juros, como os bens duráveis, são os que refletem com mais intensidade a desaceleração. Sem dúvida, trata-se de um indício nada desprezível de que o aumento das taxas futuras de juros desde o início do segundo semestre já se faz sentir no nível de atividade."

Segundo a pesquisa do IBGE, os salários dos trabalhadores da indústria recuaram 0,9% em outubro na comparação com setembro. Apesar disso, de janeiro a outubro, a folha de pagamento acumula crescimento de 9,3%; em 12 meses, de 7,6%. Foi com base nesses dados acumulados de 2004 que a Confederação Nacional da Indústria provavelmente baseou aavaliaçãode perspectivas para o próximo ano. No texto, a entidade afirma que o motor da economia brasileira em 2005 será a demanda interna, reativada pelo aumento do salário e do crédito.

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