Economia

Emergentes lideram ranking de investimento após 5 anos

É a primeira vez desde 1998 que os mercados emergentes entre eles, China, México, Polônia, Índia, Rússia e Brasil são a maioria na lista dos dez países mais atraentes para receber investimentos estrangeiros diretos. O ranking mundial foi anunciado nesta quarta-feira (17/9) pela consultoria americana AT Kearney, que entrevistou presidentes e diretores financeiros, além de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

É a primeira vez desde 1998 que os mercados emergentes entre eles, China, México, Polônia, Índia, Rússia e Brasil são a maioria na lista dos dez países mais atraentes para receber investimentos estrangeiros diretos. O ranking mundial foi anunciado nesta quarta-feira (17/9) pela consultoria americana AT Kearney, que entrevistou presidentes e diretores financeiros, além de outros executivos do alto escalão, das 1 000 maiores empresas do mundo.

Para que fossem maioria no ranking, os países emergentes tiveram que desbancar da lista quatro países desenvolvidos: França, Itália, Canadá e Austrália. Mas entre eles, a grande vedete foi mesmo a China. Mesmo afetado pela pneumonia asiática, o país ampliou sua liderança sobre os Estados Unidos, conquistada no ano passado, e sobre todos os outros destinos de investimentos do mundo.

Para os executivos entrevistados pela AT Kearney, os fatores que tornam o mercado chinês tão interessante são a perspectiva do seu crescimento e da sua receita, a melhor receptividade do país aos tratados da Organização Mundial do Comércio, assim como o baixo custo da mão-de-obra abundante, que também tem melhorado seus índices de escolaridade e capacitação.

Não que a China seja um país perfeito aos olhos dos investidores. Segundo a pesquisa, eles continuam preocupados com a corrupção, a burocracia e a vulnerabilidade do setor financeiro do país. Mas de longe, afirmam os entrevistados, as vantagens superam os pontos fracos desse mercado. Em 1997, a China atraiu cerca de 44 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos. Em 2001, foram 47 bilhões de dólares. Já no ano passado, quando quase todos os países sofreram com o fechamento da torneira desses recursos, a China recebeu ainda mais dinheiro estrangeiro para investimentos _cerca de 53 bilhões de dólares.

A atratividade do mercado brasileiro também melhorou graças à estabilidade econômica e às políticas favoráveis à abertura de mercado promovidas até agora pelo governo Lula. Mas a instabilidade política dos países vizinhos e o baixo crescimento de toda a região, continuam como fatores que desestimulam as empresa a investir aqui. Para Paul Laudicina, vice-presidente e diretor executivo do conselho global de política corporativa da consultoria, um fator a ser observado sobre o Brasil é o fato de que o país ainda é visto como um mercado de alto risco para 54% dos entrevistados. Uma porcentagem mais alta que a registrada pela China, India, México e Polônia.

Mas nem todas as comparações são desfavoráveis ao Brasil. Embora os fluxos de investimento direto no país tenha diminuído cerca de 26% de 2001 para 2002, quando o país recebeu 16,5 bilhões de dólares, a situação foi mais desfavorável em outros países vizinhos. No mesmo período, os fluxos para a Argentina, Chile e Venezuela sofreram uma queda de 69%, 64% e 60%, respectivamente.

Já o México passou ileso pelas crises da região e subiu seis posições no ranking de atratividade, passando a ocupar a terceira posição. Quem mais contribuiu para a subida do país foram os Estados Unidos, uma vez que para os executivos do mercado vizinho, o México só perde mesmo em atratividade para a China. No ano passado, os investimentos estrangeiros diretos no México somaram 13,6 bilhões de dólares, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

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