Em reunião com investidores, Coutinho defende ajuste
O presidente do BNDES defendeu esforço fiscal do governo federal, ajuste das contas públicas e inflação convergindo para o centro da meta
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 07h30.
São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, pregou na terça-feira, 2, em encontro com investidores, esforço fiscal do governo federal, ajuste das contas públicas e inflação convergindo para o centro da meta, conforme um interlocutor que esteve no encontro anual organizado pelo banco de investimento JP Morgan, realizado no hotel Hyatt, na zona sul de São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff iria participar do encontro, mas cancelou sua ida ontem (2).
Representando a presidente da República no evento do JPMorgan, Coutinho leu o discurso que seria feito por Dilma à plateia. No texto, Dilma diz que confia e conta com o mercado de capitais para juntos promoverem mais uma rodada de desenvolvimento da economia brasileira.
A presidente acrescenta que os investidores institucionais são a mola propulsora do crescimento e que têm potencial para complementar o trabalho de financiar a infraestrutura feito pelo BNDES.
De acordo com uma fonte que participou do evento, o discurso da presidente lido por Coutinho teve recepção foi positiva entre os presentes.
O presidente do BNDES disse que o governo está comprometido com um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015, de 2% em 2016 e de "no mínimo" 2% em 2017, conforme já anunciado pelo próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Coutinho disse ao público, formado também por clientes do banco, que o mercado de capitais terá espaço para apresentar bom crescimento à medida que os ajustes forem sendo feitos, o que culminará, em um segundo momento, em taxas de juros mais baixas.
O encontro ocorre após o governo anunciar sua equipe econômica formada por Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), trio bem recebido pelo mercado.
Infraestrutura
Coutinho antecipou a previsão de investimento de R$ 600 bilhões em infraestrutura para o período de 2015-2018, retirado do relatório "Perspectivas de Investimentos 2015-2018", que o banco divulgará na quinta-feira, 4, no Rio.
O valor equivale a uma cifra de R$ 150 bilhões por ano investidos na infraestrutura nos próximos quatro anos.
O relatório "Perspectivas de Investimentos 2015-2018" é um compêndio que resulta do mapeamento feito pelos economistas do BNDES para todos os projetos de investimentos já existentes nas gavetas de bancos e demais organizações que operam financiamentos de grandes projetos.
No quadriênio 2010-2013, os investimentos em infraestrutura no Brasil totalizaram R$ 457 bilhões, ou R$ 112 bilhões ao ano, disse Coutinho para mostrar que comparativamente os investimentos estão aumentando.
Ele destacou ainda, na área de mobilidade urbana, a existência de 253 projetos de 3.800 quilômetros, sendo 650 quilômetros em trilhos.
Coutinho também fez menção, no setor de energia, às licitações de 5,8 gigawatts feitas pelo governo e disse acreditar ser possível licitar a Hidrelétrica de Tapajós.
Sobre a indústria, o presidente do BNDES voltou a conclamar o setor a investir em ganho de produtividade e automação industrial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, pregou na terça-feira, 2, em encontro com investidores, esforço fiscal do governo federal, ajuste das contas públicas e inflação convergindo para o centro da meta, conforme um interlocutor que esteve no encontro anual organizado pelo banco de investimento JP Morgan, realizado no hotel Hyatt, na zona sul de São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff iria participar do encontro, mas cancelou sua ida ontem (2).
Representando a presidente da República no evento do JPMorgan, Coutinho leu o discurso que seria feito por Dilma à plateia. No texto, Dilma diz que confia e conta com o mercado de capitais para juntos promoverem mais uma rodada de desenvolvimento da economia brasileira.
A presidente acrescenta que os investidores institucionais são a mola propulsora do crescimento e que têm potencial para complementar o trabalho de financiar a infraestrutura feito pelo BNDES.
De acordo com uma fonte que participou do evento, o discurso da presidente lido por Coutinho teve recepção foi positiva entre os presentes.
O presidente do BNDES disse que o governo está comprometido com um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015, de 2% em 2016 e de "no mínimo" 2% em 2017, conforme já anunciado pelo próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Coutinho disse ao público, formado também por clientes do banco, que o mercado de capitais terá espaço para apresentar bom crescimento à medida que os ajustes forem sendo feitos, o que culminará, em um segundo momento, em taxas de juros mais baixas.
O encontro ocorre após o governo anunciar sua equipe econômica formada por Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), trio bem recebido pelo mercado.
Infraestrutura
Coutinho antecipou a previsão de investimento de R$ 600 bilhões em infraestrutura para o período de 2015-2018, retirado do relatório "Perspectivas de Investimentos 2015-2018", que o banco divulgará na quinta-feira, 4, no Rio.
O valor equivale a uma cifra de R$ 150 bilhões por ano investidos na infraestrutura nos próximos quatro anos.
O relatório "Perspectivas de Investimentos 2015-2018" é um compêndio que resulta do mapeamento feito pelos economistas do BNDES para todos os projetos de investimentos já existentes nas gavetas de bancos e demais organizações que operam financiamentos de grandes projetos.
No quadriênio 2010-2013, os investimentos em infraestrutura no Brasil totalizaram R$ 457 bilhões, ou R$ 112 bilhões ao ano, disse Coutinho para mostrar que comparativamente os investimentos estão aumentando.
Ele destacou ainda, na área de mobilidade urbana, a existência de 253 projetos de 3.800 quilômetros, sendo 650 quilômetros em trilhos.
Coutinho também fez menção, no setor de energia, às licitações de 5,8 gigawatts feitas pelo governo e disse acreditar ser possível licitar a Hidrelétrica de Tapajós.
Sobre a indústria, o presidente do BNDES voltou a conclamar o setor a investir em ganho de produtividade e automação industrial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.