Exame Logo

Em Paris, Meirelles afirma que agenda econômica segue avançando

Durante coletiva de imprensa, o ministro declarou que, independente de discussões de ordem política, "o Brasil continua a funcionar"

Henrique Meirelles: o ministro participa da reunião da OCDE (Paulo Whitaker/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de junho de 2017 às 16h15.

A agenda econômica continua em andamento, independentemente das discussões de ordem política, avaliou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , em Paris, onde participa da reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em entrevista coletiva à imprensa, Meirelles destacou que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado concluiu a votação do texto da reforma trabalhista ontem (6) e a reforma da Previdência está em discussão no Congresso Nacional.

Veja também

"Continuamos trabalhando normalmente. O Brasil continua a funcionar, independente de discussões de ordem política", disse.

Para Meirelles, a aprovação da reforma da Previdência, mesmo que fique para o segundo semestre deste ano, trará "um resultado extremamente favorável" para as contas públicas.

"Do ponto de vista de formação de expectativa, se for aprovada de fato - como têm sinalizado alguns líderes do Congresso - este mês, é um cenário positivo e seria o melhor para o país", acrescentou.

"Não é meramente uma posição política de cada um [dos parlamentares] - contra ou favor. O que existe é uma discussão objetiva sobre a necessidade de se fazer uma reforma da Previdência no Brasil", enfatizou.

Meirelles disse ainda que a economia brasileira já mostra sinais de retomada do crescimento e os mercados, na última semana, ficaram "relativamente estáveis", o que indica expectativa de continuidade da evolução da economia brasileira.

Juros

O ministro disse ainda que é uma característica normal do Banco Central (BC) ser cauteloso. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC indicou que pode fazer uma redução moderada em ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic.

Para Meirelles, o BC seguiu o que estava previsto pelo mercado, ao reduzir a Selic em 1 ponto percentual, para 10,25% ao ano, e "deu a indicação clara aos mercados" de que vai monitorar a atividade econômica e as perspectivas de inflação.

País-membro

Pelo Twitter, o ministro disse que a candidatura do Brasil como país-membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) está sendo "muito bem recebida".

"Entrada na OCDE faz parte da nossa agenda de reformas", disse, na rede social, onde abriu hoje (7) uma conta.

No final do mês passado, o governo confirmou que o Brasil apresentou pedido para aderir à organização internacional de 35 países, baseada nos princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado.

De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, o governo brasileiro acompanha as atividades da OCDE desde 1994 e, em 2007, foi convidado a um "engajamento ampliado" com vistas justamente a uma possível entrada na organização.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerHenrique MeirellesOCDEParis (França)Reforma da PrevidênciaReforma trabalhista

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame