Em Paris, Dilma e Hollande pedem incentivo ao crescimento
A presidente Dilma propôs que o papel do Banco Central Europeu seja ampliado e que ele possa emitir títulos comuns
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 17h45.
Paris - França e Brasil fizeram apelos nesta terça-feira à chanceler alemã, Angela Merkel, para que tome medidas a fim de fomentar o crescimento na Europa e que se aproxime do governo francês no que diz respeito à reforma na zona do euro.
"Se há os países, e nós sabemos quem são, que devem fazer um esforço de competitividade, há outros que devem reduzir seus excedentes comerciais e apoiar a demanda interna", afirmou o presidente francês, François Hollande, durante um fórum com a presença da presidente Dilma Rousseff, em visita de Estado a Paris.
"É a condição para o retorno do crescimento", acrescentou Hollande, para quem a construção da "Europa do amanhã" não será feita apenas com a redução dos déficits públicos sem se importar com os efeitos sobre o crescimento.
"Não aceito a ideia de que haverá na Europa um centro que vai bem e uma periferia que sofra e seja condenada a viver sempre pior do que nós", disse o presidente da França, que exaltou o seu próprio compromisso em promover uma política de crescimento na Europa.
Dilma criticou as políticas de austeridade na Europa, que estão, segundo ela, na origem do agravamento da recessão no continente.
Dilma também propôs uma ampliação do papel do Banco Central Europeu (BCE), cujas iniciativas para aliviar a crise da dívida por vezes são criticadas pela Alemanha.
A presidente defendeu um BCE que possa, como deseja a França, emitir títulos comuns, o que é recusado por Merkel sem títulos federais paralelos.
"Tenho certeza que dificilmente as turbulências dos mercados serão superadas e a estabilidade financeira reconquistada, sem que se verifique aqui, na zona do euro, uma efetiva união bancária, na qual um Banco Central tenha poderes para defender de forma ampla o euro, poder para emitir títulos e, enfim, um Banco Central que seja emprestador de última instância", disse Dilma, na véspera de uma reunião crucial de ministros das Finanças da zona do euro sobre esse assunto que divide França e Alemanha.
Diante de um crescimento que está em desaceleração, o Banco Central brasileiro realizou uma série de cortes de taxas de juros, buscando dessa forma estimular a economia diante dos efeitos da crise econômica mundial.
Como ilustração desse período difícil, a economia brasileira cresceu apenas 0,6 por cento de julho a setembro sobre o segundo trimestre, metade do esperado, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos e estagnação no setor de serviços.
Dilma saudou a "via clara" de Hollande, constituída, segundo ela, de reajustes no orçamento e de medidas para promover o crescimento.
Vários economistas estão preocupados com a escala e o ritmo das reduções orçamentárias previstas na França, cerca de 12 bilhões anuais durante cinco anos, e acreditam que podem causar uma recessão em 2013.
Paris - França e Brasil fizeram apelos nesta terça-feira à chanceler alemã, Angela Merkel, para que tome medidas a fim de fomentar o crescimento na Europa e que se aproxime do governo francês no que diz respeito à reforma na zona do euro.
"Se há os países, e nós sabemos quem são, que devem fazer um esforço de competitividade, há outros que devem reduzir seus excedentes comerciais e apoiar a demanda interna", afirmou o presidente francês, François Hollande, durante um fórum com a presença da presidente Dilma Rousseff, em visita de Estado a Paris.
"É a condição para o retorno do crescimento", acrescentou Hollande, para quem a construção da "Europa do amanhã" não será feita apenas com a redução dos déficits públicos sem se importar com os efeitos sobre o crescimento.
"Não aceito a ideia de que haverá na Europa um centro que vai bem e uma periferia que sofra e seja condenada a viver sempre pior do que nós", disse o presidente da França, que exaltou o seu próprio compromisso em promover uma política de crescimento na Europa.
Dilma criticou as políticas de austeridade na Europa, que estão, segundo ela, na origem do agravamento da recessão no continente.
Dilma também propôs uma ampliação do papel do Banco Central Europeu (BCE), cujas iniciativas para aliviar a crise da dívida por vezes são criticadas pela Alemanha.
A presidente defendeu um BCE que possa, como deseja a França, emitir títulos comuns, o que é recusado por Merkel sem títulos federais paralelos.
"Tenho certeza que dificilmente as turbulências dos mercados serão superadas e a estabilidade financeira reconquistada, sem que se verifique aqui, na zona do euro, uma efetiva união bancária, na qual um Banco Central tenha poderes para defender de forma ampla o euro, poder para emitir títulos e, enfim, um Banco Central que seja emprestador de última instância", disse Dilma, na véspera de uma reunião crucial de ministros das Finanças da zona do euro sobre esse assunto que divide França e Alemanha.
Diante de um crescimento que está em desaceleração, o Banco Central brasileiro realizou uma série de cortes de taxas de juros, buscando dessa forma estimular a economia diante dos efeitos da crise econômica mundial.
Como ilustração desse período difícil, a economia brasileira cresceu apenas 0,6 por cento de julho a setembro sobre o segundo trimestre, metade do esperado, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos e estagnação no setor de serviços.
Dilma saudou a "via clara" de Hollande, constituída, segundo ela, de reajustes no orçamento e de medidas para promover o crescimento.
Vários economistas estão preocupados com a escala e o ritmo das reduções orçamentárias previstas na França, cerca de 12 bilhões anuais durante cinco anos, e acreditam que podem causar uma recessão em 2013.