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Em meio a impasse político, Alemanha divulga PIB em alta

ÀS SETE - País deve apresentar um crescimento econômico de 2,6% no terceiro trimestre, acima da média europeia

Alemanha: chanceler Merkel vive momento delicado após falhar na construção de alianças políticas
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 06h22.

Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 07h19.

Com as conversas por uma coalizão política na Alemanha indo para o buraco, não é só sobre a chanceler Angela Merkel que recai a pressão.

O líder do Partido Social Democrata (SPD), Martin Schulz, encara agora membros de seu partido que acreditam ser esta a oportunidade ideal para propor uma nova “grande coalizão” com a chanceler — e ter a oportunidade de emplacar suas pautas no governo.

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Nesta quinta-feira, Schulz se encontra com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, um ex-ministro de Relações Exteriores do SPD que já deixou claro que sua vontade é que seu partido renove as conversas com a União Social Cristã e a União Democrata Cristã, de Merkel, e evitem a necessidade de convocar novas eleições.

Embora a União tenha tido a maior parte dos votos, 32,9%, o desempenho foi o pior desde 1949, o que legou a Merkel a uma situação difícil na negociação de uma coalizão.

Pelos resultados das eleições, a União só poderia formar uma coalizão efetiva com ambos o Partido Verde (Grüne) e o Partido Liberal Democrata (FDP) — chamada de coalizão Jamaica, que já parece inviável diante da recusa do FDP —, ou com o SDP, que compõe a base do governo desde 2013.

O SPD teve 20,5% dos votos, mas passou os últimos 4 anos no governo como uma oposição interna, com uma coalizão que se mostrou necessária para o funcionamento da democracia alemã.

O problema é que ter feito parte do governo também prejudicou o partido nas urnas: foi o pior resultado do SPD no pós-guerra, o que o próprio Schulz chamou de “um dia amargo para a social-democracia alemã”.

Ser ou não ser parte do governo? Eis a questão: há no partido quem acredite que essa é a oportunidade perfeita para pressionar a União a aceitar suas pautas, o que poderia evitar novas eleições e uma perda ainda maior para os partidos, em eventuais novas eleições. Mas há também a ala que não quer ser uma oposição interna e prefira tentar a sorte em novas eleições.

Uma pesquisa divulgada na última terça-feira mostra ambos os partidos com menores intenções de voto: o SPD com 19,5% e a União com 29,2% — margens menores do que o resultado das eleições.

Com o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema direita, tendo feito 12,6% dos votos, o prospecto de um novo pleito guarda também uma parte mais assustadora.

Também nesta quinta-feira, a Alemanha deve apresentar um crescimento econômico de 2,6% no terceiro trimestre, acima da média europeia. Em condições normais, seria um argumento a mais para Merkel conseguir todo apoio que deseja.

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