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Em crise política, governo lança plano reciclado de R$ 42 bi

ÀS SETE - Com a reforma da Previdência por um fio, o governo avaliou que precisava de uma resposta positiva e decidiu por um plano de investimentos

OBRA: governo apresenta plano de crescimento com alguns projetos que estão sem conclusão desde o PAC de Lula / Exame
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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 06h57.

Última atualização em 8 de novembro de 2017 às 07h30.

A agenda negativa se instalou no política. A reforma da Previdência está em risco de sequer ser votada, aliados estudam a hora certa para o desembarque, analistas preveem um período de instabilidade total nos próximos seis meses, com possíveis presidenciáveis surgindo a todo momento.

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Com tudo isso na mesa, o governo avaliou que precisava de uma resposta. Ela veio na noite de ontem, e deve ser anunciada oficialmente na quinta-feira.

Trata-se do Projeto Avançar, que prevê investimentos de 42,15 bilhões de reais até o fim de 2018, ano de eleição presidencial. Os recursos virão do Orçamento e, de acordo com o governo, ficarão livres das costumeiras tesouradas porque, com a crise fiscal, os investimentos foram os mais afetados.

O Avançar inclui 6.233 projetos, de creches a presídios. Estão previstos investimentos de 9 bilhões de reais para política social, 24 bilhões para obras de infraestrutura e 9 bilhões para defesa, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Uma injeção de 42 bilhões de reais na economia poderia gerar um impacto imediato. O problema é que nada disso é novo, mas a ideia é dar uma repaginada em planos ofuscados pelas crises política e econômica.

Após conseguir barrar na Câmara as duas denúncias contra o presidente Michel Temer, o Planalto apostará na estratégia de comunicação para passar uma mensagem de otimismo.

Muitas das obras que serão apresentadas são velhas conhecidas dos brasileiros, e reforçam a ideia de que mais vale anunciar do que construir. Algumas delas estavam no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que começou ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, continuou com Dilma Rousseff, e seguem como almas penas à espera do próximo gestor que decidir empacotá-las e vendê-las com algum nome que denote otimismo.

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