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Eletrobrás anuncia pagamento de dividendos de R$10,3 bi

RIO DE JANEIRO, 22 de janeiro (Reuters) - A Eletrobrás colocou nesta sexta-feira um ponto final na pendência com seus acionistas que se arrastava há mais de 30 anos e era apontada por analistas como um dos fatores que deixavam o papel menos atraente para investidores: o pagamento de dividendos retidos para investimentos nas décadas […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2010 às 12h55.

RIO DE JANEIRO, 22 de janeiro (Reuters) - A Eletrobrás colocou nesta sexta-feira um ponto final na pendência com seus acionistas que se arrastava há mais de 30 anos e era apontada por analistas como um dos fatores que deixavam o papel menos atraente para investidores: o pagamento de dividendos retidos para investimentos nas décadas de 1970 e 1980.

A Eletrobrás vai desembolsar 10,3 bilhões de reais em quatro parcelas anuais vencendo nos dias 30 de cada mês de junho de 2010 até 2013, "podendo ser antecipadas", explicou a empresa em comunicado.

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Os créditos serão remunerados pela Selic a partir da data do anúncio até a data do efetivo pagamento. Farão jus aos referidos recebimento aos acionistas que integrarem a base acionária no dia 29 de janeiro de 2010.

A estatal que controla a maior parte do parque de geração elétrico brasileiro havia manifestado intenção de pagar os dividendos retidos no ano passado, conforme antecipou a Reuters, mas atrasos na burocracia transferiram a operação para 2010.

No final do ano passado, o governo já havia recebido parte dos dividendos retidos que foi antecipada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que comprou o direito de receber 3,5 bilhões de reais.

O Tesouro Nacional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) possuem 80 por cento do capital da holding do setor elétrico.

A notícia agradou o mercado, que já esperava uma solução para o problema.

"É positivo para os ordinaristas e para os donos de (ações preferenciais), porque melhora a percepção de governança da empresa", explicou Ricardo Correa, analista da Ativa, que vê boas perspectivas de compra para o papel também levando em conta o bom desempenho previsto para a companhia no quarto trimestre.

Ele explicou no entanto que a Eletrobrás ainda "é muito estatal" e continua alvo de críticas devido à grande interferência do governo.

"A exposição da empresa à intervenção do governo ainda é muito grande", explicou Correa, citando eventos como a federalização de distribuidoras e capitalização da dívida da Celg (de Goiás).

Segundo ele, a forte ligação com o governo impede a Eletrobrás de acessar mercados maduros para financiamentos, e isso atrapalha a liquidez do papel.

As ações preferenciais da empresa subiam 6,1 por cento, às 13h28, cotados a 33,54 reais, enquanto o Ibovespa cedia 0,93 por cento. Já os papéis ordinários da empresa subiam 6,13 por cento, a 40,54 reais.

(Com reportagem adicional de Aluisio Pereira, em São Paulo; Edição de Alberto Alerigi Jr.)

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