Eleições podem ofuscar acordo; IBGE divulga inflação de julho

Os mercados brasileiros devem ter uma sexta-feira (09/08) de ajustes depois da euforia com o acordo de 30 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI). E a nova pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada ontem pelo Jornal Nacional -- que traz o candidato José Serra (PSDB) empatado com Anthony Garotinho (PSB) -- deverá ter sua participação no posicionamento do mercado no decorrer do dia.

O dólar comercial abriu hoje com elevação de 2,3%, vendido a 2,977 reais e comprado a 2,967 reais. Ontem, no dia seguinte após o anúncio do acordo com o FMI, a moeda americana fechou a 2,91 reais, uma baixa de 3,48%. O dólar chegou a cair 5,4%, mas desacelerou em razão da forte procura por negócios -- que deu vazão à demanda reprimida de semanas -- pela manhã.

Analistas do mercado acreditam que o dólar possa retornar a um patamar de 2,80 reais nos próximos dias ou semanas. Mas dificilmente ficará abaixo disso, pois as incertezas com o cenário político deverão continuar pressionando.

A tensão no mercado americano também deve ser lembrada. Ontem, a empresa concordatária WorldCom foi pega em mais uma fraude, desta vez de 3,3 bilhões de reais. A má notícia deve influenciar as bolsas americanas e, por conseqüência, a Bolsa de Valores de São Paulo.

Indicadores

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a taxa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo do mês de julho. A expectativa do mercado é que a inflação fique entre 1,1% e 1,3%.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anuncia o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Pela manhã, a FGV divulgou o Índice de Preços ao Consumidor do Rio de Janeiro (IPC-RJ), que ficou 0,86% em julho. Em junho, a alta havia sido de um pouco mais do que a metade da taxa, de 0,49%. No ano, o IPC-RJ acumula elevação de 2,87%, e, nos últimos 12 meses, de 6,89%.

Após o fechamento do mercado, a Petrobrás divulga o seu balanço do segundo trimestre de 2002. Os dados serão apresentados na Bovespa.