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"Eixo do crescimento da economia brasileira é agora o setor privado", diz Guedes

"Com a guerra, os investimentos têm de estar perto e em países amigos ... Todo mundo olha para o Brasil", frisou o ministro

O ministro disse ainda que o País terá R$ 150 bilhões para programas sociais, no que chamou de "maior erradicação da pobreza que o Brasil já viu" (EDU ANDRADE/Ascom/ME/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de outubro de 2022 às 15h58.

Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 16h06.

O ministro da Economia, Paulo Guedes , reiterou nesta quinta-feira, 20, a expectativa de crescimento de 3% do produto interno bruto ( PIB ) neste ano, ao citar a última previsão do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) de avanço de 2,8% da atividade.

Citando compromissos de R$ 908 bilhões em investimentos nos próximos dez anos durante reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo ( CNC ), na sede da entidade no Rio, Guedes disse mais uma vez que o governo mudou o eixo do crescimento: dos investimentos públicos para os investimentos privados.

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"O eixo de crescimento da economia brasileira agora é o setor privado", declarou durante evento onde também citou uma onda de investimentos a caminho em energia renovável.

"Com a guerra, os investimentos têm de estar perto e em países amigos ... Todo mundo olha para o Brasil", frisou Guedes, que também mencionou que o País tinha feito a abertura política, mas não econômica.

O ministro disse ainda que o País terá R$ 150 bilhões para programas sociais, no que chamou de "maior erradicação da pobreza que Brasil já viu", ao destacar a orientação da política econômica de combinar mercado forte com "mão amiga" a programas sociais.

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OCDE

Paulo Guedes também disse que o Brasil só tem mais 45 requisitos de um total de 230, a entregar no processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o ministro, o Brasil já teve 108 requisitos aceitos e outros 77 sendo analisados pela organização. "Faltariam 45 apenas. O Brasil está muito à frente dos outros países", disse Guedes durante a reunião da CNC.

Guedes aproveitou o evento para, mais uma vez, destacar o descolamento do Brasil em relação às economias desenvolvidas — onde, ressaltou, "os problemas estão apenas começando" — e frisou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal. Ele pontuou que, pela primeira vez desde 2012/2013, as contas públicas voltarão a apresentar superávit fiscal nos três níveis de governo.

Ao falar da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na semana passada em Washington (EUA), o ministro disse que o clima foi de estagflação, certo desalento e um quadro "sombrio" para a economia global. Em uma comparação com a inflação em queda no Brasil, Guedes disse que, dentro do G-20, apenas Arábia Saudita, China e Japão estão com os preços subindo menos do que no País.

Ao mesmo tempo que as economias ricas beiram a recessão, Guedes reafirmou que a América Latina está "desmanchando".

O ministro também citou "reformas invisíveis" feitas pelo governo, em referência à aposentadoria de 40 mil funcionários públicos, aliviando assim a folha pública, e digitalização dos serviços públicos.

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