Efeitos da Selic levam tempo para aparecer, diz BC
Efeitos dos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, vão se propagar nos próximos trimestres, segundo o Relatório de Inflação, divulgado pelo Banco Central
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2014 às 09h58.
Brasília -Os efeitos dos aumentos da taxa básica de juros , a Selic , vão se propagar nos próximos trimestres, segundo o Relatório de Inflação , divulgado pelo Banco Central (BC), hoje (27).
O BC reforçou que a transmissão dos efeitos de alta da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
“Neste processo, diversos canais [de transmissão da alta da Selic] – por exemplo, da demanda, do crédito, do câmbio, e das expectativas – estão envolvidos, e operam não necessariamente com a mesma intensidade e de forma simultânea”, diz o relatório.
O BC também destacou que antes de alcançar os preços, as ações de aumento da Selic interferem nas decisões de consumo e de investimento de famílias e empresas.
Mas, em qualquer circunstância, há certo grau de incerteza sobre a intensidade com que a inflação reage à alta da Selic, segundo o BC.
E essa incerteza tem aumentado no atual momento de oscilações dos mercados financeiros internacionais.
No relatório, o BC alerta que taxas de inflação elevadas geram distorções, aumentando riscos e reduzindo investimentos.
“Essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários”, diz o relatório.
O BC enfatiza, também, que “taxas de inflação elevadas subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias”.
Além disso, diz o BC, a inflação elevada reduz o potencial de crescimento da economia, bem como o de geração de empregos e de renda.
No relatório, o BC projeta inflação em 6,1%, este ano, acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta é 6,5%.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic.
Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Atualmente, a Selic está em um ciclo de alta. A última elevação ocorreu em fevereiro, quando ficou em 10,75% ao ano.
A próxima reunião do Copom está marcada para os próximos dias 1º e 2 de abril.
Brasília -Os efeitos dos aumentos da taxa básica de juros , a Selic , vão se propagar nos próximos trimestres, segundo o Relatório de Inflação , divulgado pelo Banco Central (BC), hoje (27).
O BC reforçou que a transmissão dos efeitos de alta da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
“Neste processo, diversos canais [de transmissão da alta da Selic] – por exemplo, da demanda, do crédito, do câmbio, e das expectativas – estão envolvidos, e operam não necessariamente com a mesma intensidade e de forma simultânea”, diz o relatório.
O BC também destacou que antes de alcançar os preços, as ações de aumento da Selic interferem nas decisões de consumo e de investimento de famílias e empresas.
Mas, em qualquer circunstância, há certo grau de incerteza sobre a intensidade com que a inflação reage à alta da Selic, segundo o BC.
E essa incerteza tem aumentado no atual momento de oscilações dos mercados financeiros internacionais.
No relatório, o BC alerta que taxas de inflação elevadas geram distorções, aumentando riscos e reduzindo investimentos.
“Essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários”, diz o relatório.
O BC enfatiza, também, que “taxas de inflação elevadas subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias”.
Além disso, diz o BC, a inflação elevada reduz o potencial de crescimento da economia, bem como o de geração de empregos e de renda.
No relatório, o BC projeta inflação em 6,1%, este ano, acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta é 6,5%.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic.
Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Atualmente, a Selic está em um ciclo de alta. A última elevação ocorreu em fevereiro, quando ficou em 10,75% ao ano.
A próxima reunião do Copom está marcada para os próximos dias 1º e 2 de abril.