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Desoneração afetou investimento público, diz Eduardo Campos

O governador de Pernambuco afirmou que Estados e municípios enfrentam cenário de "crise fiscal"

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, defendeu políticas de desoneração mais amplas, que não se limitem a um segmento da economia (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 18h03.

Brasília - As desonerações tributárias promovidas pelo governo federal para estimular a economia foram alvo de críticas nesta sexta-feira por um dos seus principais aliados, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que apontou essas medidas como responsáveis pela redução da capacidade de investimentos dos Estados e municípios.

Segundo ele, a política de desonerações não teve o impacto esperado no crescimento do país e debilitou o caixa dos demais entes federativos.

Campos disse que as críticas não devem ser "eleitoralizadas" mas, para ele, Estados e municípios estão vivendo um momento "crise fiscal".

A reclamação se deve principalmente pelas desonerações no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) concedidas pelo governo federal e que têm impacto direto na distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

As críticas foram feitas durante um seminário com os prefeitos eleitos pelo PSB nas disputas municipais deste ano e no mesmo dia que foi divulgada a taxa de crescimento da economia de 0,6 por cento do terceiro trimestre, bem abaixo das expectativas do governo e do mercado.

"Precisamos começar políticas de desoneração que não sejam só para um segmento ou outro, porque às vezes um segmento impacta mais num Brasil e não impacta absolutamente nada num outro Brasil. Se vamos fazer desonerações tributárias, que vai ser carregada nas costas sobretudo de um Brasil mais profundo, a gente precisa também desonerar também para o Brasil dessa área", discursou Campos aos prefeitos.


Campos tomou cuidado para que seu discurso não fosse interpretado como uma plataforma de campanha presidencial para 2014, já que membros do seu partido o estimulam a disputar a eleição. "Nao é hora de eleitoralizar o debate brasileiro. É hora de pensar no Brasil", disse.

Após o discurso, Campos voltou a criticar as desonerações feitas pelo governo, reclamando que elas tiraram a capacidade de investimentos dos governadores e prefeitos.

"Quando fecharem as contas, quando os relatórios de responsabilidade fiscal forem publicados... vocês vão ver que há uma retração clara na capacidade de investimentos dos municípios e Estados", disse.

"Fruto de desoneração e fruto da redução da atividade econômica, fruto do crescimento da folha de pagamento dos Estados e municípios em função de decisões (tomadas pelo Congresso)", argumentou.

Na avaliação do governador, os investimentos privados, fundamentais para o crescimento econômico, também foram impactados por medidas tomadas pelo governo.

"É fundamental e estratégico que a gente possa manter crescimento de investimentos, e ...é o investimento privado que as variáveis externas afetam, que algumas mexidas aqui em marcos internos deixaram alguns investidores olhando para o que vai acontecer", analisou.

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Brasília - As desonerações tributárias promovidas pelo governo federal para estimular a economia foram alvo de críticas nesta sexta-feira por um dos seus principais aliados, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que apontou essas medidas como responsáveis pela redução da capacidade de investimentos dos Estados e municípios.

Segundo ele, a política de desonerações não teve o impacto esperado no crescimento do país e debilitou o caixa dos demais entes federativos.

Campos disse que as críticas não devem ser "eleitoralizadas" mas, para ele, Estados e municípios estão vivendo um momento "crise fiscal".

A reclamação se deve principalmente pelas desonerações no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) concedidas pelo governo federal e que têm impacto direto na distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

As críticas foram feitas durante um seminário com os prefeitos eleitos pelo PSB nas disputas municipais deste ano e no mesmo dia que foi divulgada a taxa de crescimento da economia de 0,6 por cento do terceiro trimestre, bem abaixo das expectativas do governo e do mercado.

"Precisamos começar políticas de desoneração que não sejam só para um segmento ou outro, porque às vezes um segmento impacta mais num Brasil e não impacta absolutamente nada num outro Brasil. Se vamos fazer desonerações tributárias, que vai ser carregada nas costas sobretudo de um Brasil mais profundo, a gente precisa também desonerar também para o Brasil dessa área", discursou Campos aos prefeitos.


Campos tomou cuidado para que seu discurso não fosse interpretado como uma plataforma de campanha presidencial para 2014, já que membros do seu partido o estimulam a disputar a eleição. "Nao é hora de eleitoralizar o debate brasileiro. É hora de pensar no Brasil", disse.

Após o discurso, Campos voltou a criticar as desonerações feitas pelo governo, reclamando que elas tiraram a capacidade de investimentos dos governadores e prefeitos.

"Quando fecharem as contas, quando os relatórios de responsabilidade fiscal forem publicados... vocês vão ver que há uma retração clara na capacidade de investimentos dos municípios e Estados", disse.

"Fruto de desoneração e fruto da redução da atividade econômica, fruto do crescimento da folha de pagamento dos Estados e municípios em função de decisões (tomadas pelo Congresso)", argumentou.

Na avaliação do governador, os investimentos privados, fundamentais para o crescimento econômico, também foram impactados por medidas tomadas pelo governo.

"É fundamental e estratégico que a gente possa manter crescimento de investimentos, e ...é o investimento privado que as variáveis externas afetam, que algumas mexidas aqui em marcos internos deixaram alguns investidores olhando para o que vai acontecer", analisou.

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