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Economista diz que déficit em transações correntes não preocupa

Para Samuel de Abreu, da FGV, o regime de câmbio flutuante colabora para que o Brasil tenha suas contas externas sob controle

Para economista, situação do Brasil é saudável pois não há dívidas em dólar (.)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2010 às 12h49.

Brasília - O forte crescimento da economia impulsionou o comércio internacional e aumentou o déficit de transações correntes com o Brasil, avalia o economista Samuel de Abreu da Fundação Getúlio Vargas. Para Abreu, os US$ 2,02 bilhões de déficit registrados em maio pelo Banco Central não trazem preocupação.

"A política de câmbio flutuante faz com que o país viva em uma situação saudável", ponderou o professor. Segundo ele, o déficit só traria problemas se a o Brasil possuísse dívidas em moeda externa. "Se a dívida fosse em dólar, ficaria 20% mais cara, mas como somos credores nesta moeda, quando o cambio desvaloriza nosso passivo com o resto do mundo cai", explicou.

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De acordo com o Abreu, o Brasil está conseguindo financiar bem esse déficit por meio de investimentos externos diretos e com o mercado de ações. "Se o mercado brasileiro continuar a mostrar uma política econômica sólida e a situação fiscal em ordem, a tendência é continuar essa trajetória de financiamentos. Todo mundo quer ser sócio do Brasil", defende o professor.

Além disso, Abreu acredita que se o mundo quiser parar de financiar o Brasil, o problema não é grande. "O país não está tão vulnerável em relação aos seus investidores externos e a flutuação do câmbio ajuda nesta solidez", disse ele.

No entanto, Abreu alerta para a questão da poupança doméstica. "A gente consegue se manter por anos com investimento muito acima da poupança doméstica, mas é importante destacar que com a poupança baixa, o Brasil não é senhor de si mesmo, nem de seu próprio crescimento", avisa.

Leia mais: Gastos de turistas brasileiros no exterior sobem 65% no ano

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