Economia retomou crescimento em novembro, diz BC
No entanto, o número de outubro foi revisado para baixo, num sinal de que o impacto da crise externa sobre a economia pode ter sido maior do que o esperado
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 08h28.
São Paulo - A economia brasileira voltou a crescer em novembro, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas, mostraram dados do Banco Central nesta segunda-feira, mas o número de outubro foi revisado para baixo, num sinal de que o impacto da crise externa sobre a economia pode ter sido maior do que o estimado.
Os números foram divulgados a dois dias da decisão de política monetária, na qual espera-se que a Selic sofra novo corte de 0,5 ponto percentual.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,15 por cento em novembro ante outubro, segundo números com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,85 por cento, de acordo com a mediana das previsões.
O dado de outubro, no entanto, foi revisado para baixo, mostrando agora queda de 0,50 por cento, ante baixa de 0,32 por cento na leitura anterior.
No acumulado de 2011 até novembro, a alta do IBC-Br ficou em 2,88 por cento, enquanto o crescimento em 12 meses foi de 3,04 por cento.
De acordo com o relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia tenha crescido 2,84 por cento, segundo a mediana das estimativas. Se confirmado, o número marcará uma forte desaceleração ante o crescimento de 7,5 por cento registrado em 2010.
O IBC-Br incorpora variáveis para o desempenho dos três setores básicos da economia: agropecuária, indústria e serviços. Devido a essa abrangência, o cálculo mensal do BC antecipa um indicador similar ao PIB, soma das riquezas produzidas no país e medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No terceiro trimestre, o PIB brasileiro ficou estagnado ante os três meses anteriores, levando o governo a anunciar um pacote de medidas para dar novo estímulo à economia, sobretudo pelo canal do consumo das famílias, que nos últimos anos tem sustentado o crescimento e que registrou queda entre julho e setembro.
O BC também agiu para dar suporte à atividade ao iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento monetário, surpreendendo parte dos agentes e utilizando como justificativa as incertezas no cenário internacional. Desde então, a autoridade monetária já cortou o juro em três ocasiões, cada uma em 0,5 ponto, em meio à desaceleração na economia brasileira diante do agravamento na crise de dívida na Europa.
O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia na terça-feira o encontro que decidirá no dia seguinte o rumo da Selic, juro básico da economia. Com base no relatório Focus e a curva futura de juros, o mercado financeiro prevê um corte de 0,5 ponto percentual, que levaria a taxa -hoje em 11 por cento- para 10,5 por cento, menor nível desde julho de 2010, quando estava em 10,25 por cento.
A dúvida de investidores recai sobre as próximas duas reuniões, em março e abril. O relatório Focus mostra mais duas quedas de 0,5 ponto cada, mas a curva futura de DI indica um mercado ainda dividido entre um corte de 0,25 ponto e de 0,5 ponto, e sem expectativa de redução na taxa no restante do ano.
São Paulo - A economia brasileira voltou a crescer em novembro, interrompendo uma sequência de três quedas seguidas, mostraram dados do Banco Central nesta segunda-feira, mas o número de outubro foi revisado para baixo, num sinal de que o impacto da crise externa sobre a economia pode ter sido maior do que o estimado.
Os números foram divulgados a dois dias da decisão de política monetária, na qual espera-se que a Selic sofra novo corte de 0,5 ponto percentual.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,15 por cento em novembro ante outubro, segundo números com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,85 por cento, de acordo com a mediana das previsões.
O dado de outubro, no entanto, foi revisado para baixo, mostrando agora queda de 0,50 por cento, ante baixa de 0,32 por cento na leitura anterior.
No acumulado de 2011 até novembro, a alta do IBC-Br ficou em 2,88 por cento, enquanto o crescimento em 12 meses foi de 3,04 por cento.
De acordo com o relatório Focus do BC, o mercado espera que a economia tenha crescido 2,84 por cento, segundo a mediana das estimativas. Se confirmado, o número marcará uma forte desaceleração ante o crescimento de 7,5 por cento registrado em 2010.
O IBC-Br incorpora variáveis para o desempenho dos três setores básicos da economia: agropecuária, indústria e serviços. Devido a essa abrangência, o cálculo mensal do BC antecipa um indicador similar ao PIB, soma das riquezas produzidas no país e medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No terceiro trimestre, o PIB brasileiro ficou estagnado ante os três meses anteriores, levando o governo a anunciar um pacote de medidas para dar novo estímulo à economia, sobretudo pelo canal do consumo das famílias, que nos últimos anos tem sustentado o crescimento e que registrou queda entre julho e setembro.
O BC também agiu para dar suporte à atividade ao iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento monetário, surpreendendo parte dos agentes e utilizando como justificativa as incertezas no cenário internacional. Desde então, a autoridade monetária já cortou o juro em três ocasiões, cada uma em 0,5 ponto, em meio à desaceleração na economia brasileira diante do agravamento na crise de dívida na Europa.
O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia na terça-feira o encontro que decidirá no dia seguinte o rumo da Selic, juro básico da economia. Com base no relatório Focus e a curva futura de juros, o mercado financeiro prevê um corte de 0,5 ponto percentual, que levaria a taxa -hoje em 11 por cento- para 10,5 por cento, menor nível desde julho de 2010, quando estava em 10,25 por cento.
A dúvida de investidores recai sobre as próximas duas reuniões, em março e abril. O relatório Focus mostra mais duas quedas de 0,5 ponto cada, mas a curva futura de DI indica um mercado ainda dividido entre um corte de 0,25 ponto e de 0,5 ponto, e sem expectativa de redução na taxa no restante do ano.