Economia

Economia está ruim para 71,6% de entrevistados pela FGV

O resultado é quase dez pontos porcentuais maior do que o verificado apenas um mês antes


	Consumidor: a satisfação das famílias com a situação econômica atual atingiu, em fevereiro, o menor patamar de toda a série histórica
 (Thinkstock)

Consumidor: a satisfação das famílias com a situação econômica atual atingiu, em fevereiro, o menor patamar de toda a série histórica (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 09h42.

Rio - A aceleração da inflação, a piora das perspectivas para o mercado de trabalho e o aumento do risco de racionamento de água e de energia elétrica foram os principais gatilhos da onda de pessimismo que tomou conta dos consumidores brasileiros.

Com isso, a satisfação das famílias com a situação econômica atual atingiu, em fevereiro, o menor patamar de toda a série histórica da Sondagem do Consumidor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Mais de dois terços consideram o momento ruim.

De acordo com a instituição, 71,6% dos consumidores apontaram em fevereiro que a situação da economia está ruim.

O resultado é quase dez pontos porcentuais maior do que o verificado apenas um mês antes (61,8%) e ocorreu devido, principalmente, à absorção de um contingente que ainda mantinha avaliação neutra sobre a questão.

Já a fatia de famílias que apontam o momento da economia como bom já estava baixo em janeiro (6,0%), mas caiu um pouco mais, para 5,8% neste mês. Para se ter uma ideia, há um ano essa parcela estava em torno de 15% do total.

Em relação ao futuro próximo, as expectativas também não são favoráveis.

O porcentual de famílias que preveem piora na situação da economia nos próximos seis meses subiu a 45,7% do total, contra 39,0% em fevereiro.

Já a parcela dos que esperam melhora diminuiu de 16,6% para 14,9% na passagem do mês.

Tanto o indicador de otimismo com a situação econômica nos seis meses seguintes quanto o índice que representa a avaliação sobre o momento atual da economia aprofundaram os mínimos históricos que já haviam sido atingidos em janeiro.

O Índice de Confiança de Consumidor (ICC) geral recuou 4,9% neste mês, na série com ajuste sazonal, ao menor patamar da história da sondagem, iniciada em setembro de 2005.

"Essa percepção negativa sobre os rumos da economia deve contribuir para aprofundar a desaceleração do nível de atividade", avaliou a economista Tabi Thuler Santos, especialista em análises econômicas da FGV, em nota.

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