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Economia da eurozona de novo diante do abismo da recessão

O bloco registrou contração de 0,2% no segundo trimestre

Escultura do euro em frente do BCE: o retrocesso da economia europeia se deve ao fato de que pelo menos oito dos países da UE se encontram em recessão (Alex Domanski/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 10h24.

Bruxelas - A economia da zona do euro e de toda a União Europeia (UE) estão de novo à beira da recessão após a contração de 0,2% do bloco no segundo trimestre, segundo números publicados nesta terça-feira pelo Eurostat, órgão de estatísticas comunitário.

"Não vou especular sobre o que pode ocorrer no terceiro trimestre. Uma recessão nunca é uma boa notícia, mas os dados do segundo trimestre estão de acordo com o que esperávamos", disse em entrevista coletiva diária Ryan Heath, porta-voz da UE.

Em termos anualizados, o PIB da eurozona caiu 0,4% no segundo trimestre, e o da UE, 0,2%.

Os números negativos foram registrados apesar da resistência da Alemanha, que cresceu 0,3%, Áustria (0,2%) e Holanda (0,2%), assim como dos países bálticos e do norte.

A maioria de economistas tinha previsto que a Alemanha iria crescer 0,2%, em função dos obstáculos causados pela piora da situação na zona do euro.

O ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, afirmou que o número está dentro de suas expectativas e apontou como causas do desaquecimento a situação da economia europeia e global.

A economia espanhola teve uma queda de 0,4% no segundo trimestre de 2012 e de 1% se comparada à evolução do PIB no mesmo período do ano passado.

Heath ressaltou também que os dados sobre a Espanha não surpreenderam a Comissão Europeia e descartou um impacto das medidas de ajuste e reformas aprovadas pelo governo de Mariano Rajoy.


O retrocesso da economia europeia entre abril e junho se deve ao fato de que pelo menos oito dos países da UE se encontram em recessão, entre eles nações muito fortes, como a Itália, Espanha e Reino Unido, cujo PIB teve queda de 0,7% e já registra três trimestres negativos.

Dos países resgatados, estão em recessão a Grécia (embora a Eurostat ainda não tenha dados sobre o país as autoridades gregas falam em queda de 6,2% no primeiro semestre) e Portugal. Faltam ainda os números da Irlanda.

O porta-voz lembrou que na Grécia ocorreu uma "estagnação política" que "obviamente impactou os números". O Chipre, que pediu um resgate completo, teve quatro trimestres consecutivos em queda e registra no segundo trimestre uma recessão de 0,8% de seu PIB.

O crescimento na França se manteve estagnado pelo terceiro trimestre consecutivo. O ministro francês de Economia, Pierre Moscovici, reconheceu que os números do segundo trimestre "não são bons".

Moscovici, em entrevista à emissora de rádio "Europe 1", reafirmou seu objetivo de crescimento de 0,3% para 2012 e disse que espera que o terceiro e quarto trimestre sejam "mais positivos".

Surpreende os dados da Finlândia, cuja economia retrocedeu 1% entre abril e junho, após avançar 0,8% no primeiro trimestre. O melhor resultado foi alcançado pela Suécia, com um crescimento de 1,4%.

A Romênia saiu da recessão ao avançar 0,5% entre abril e junho, frente à queda de 0,1% e de 0,2% nos trimestres anteriores. A economia letona também progrediu, ao crescer 1%, da mesma forma que a eslovaca, que avançou 0,7%.

Já a Bélgica sofreu as consequências da crise, pois sua economia se contraiu 0,6% no segundo trimestre após um crescimento de 0,2% no primeiro.

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Bruxelas - A economia da zona do euro e de toda a União Europeia (UE) estão de novo à beira da recessão após a contração de 0,2% do bloco no segundo trimestre, segundo números publicados nesta terça-feira pelo Eurostat, órgão de estatísticas comunitário.

"Não vou especular sobre o que pode ocorrer no terceiro trimestre. Uma recessão nunca é uma boa notícia, mas os dados do segundo trimestre estão de acordo com o que esperávamos", disse em entrevista coletiva diária Ryan Heath, porta-voz da UE.

Em termos anualizados, o PIB da eurozona caiu 0,4% no segundo trimestre, e o da UE, 0,2%.

Os números negativos foram registrados apesar da resistência da Alemanha, que cresceu 0,3%, Áustria (0,2%) e Holanda (0,2%), assim como dos países bálticos e do norte.

A maioria de economistas tinha previsto que a Alemanha iria crescer 0,2%, em função dos obstáculos causados pela piora da situação na zona do euro.

O ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, afirmou que o número está dentro de suas expectativas e apontou como causas do desaquecimento a situação da economia europeia e global.

A economia espanhola teve uma queda de 0,4% no segundo trimestre de 2012 e de 1% se comparada à evolução do PIB no mesmo período do ano passado.

Heath ressaltou também que os dados sobre a Espanha não surpreenderam a Comissão Europeia e descartou um impacto das medidas de ajuste e reformas aprovadas pelo governo de Mariano Rajoy.


O retrocesso da economia europeia entre abril e junho se deve ao fato de que pelo menos oito dos países da UE se encontram em recessão, entre eles nações muito fortes, como a Itália, Espanha e Reino Unido, cujo PIB teve queda de 0,7% e já registra três trimestres negativos.

Dos países resgatados, estão em recessão a Grécia (embora a Eurostat ainda não tenha dados sobre o país as autoridades gregas falam em queda de 6,2% no primeiro semestre) e Portugal. Faltam ainda os números da Irlanda.

O porta-voz lembrou que na Grécia ocorreu uma "estagnação política" que "obviamente impactou os números". O Chipre, que pediu um resgate completo, teve quatro trimestres consecutivos em queda e registra no segundo trimestre uma recessão de 0,8% de seu PIB.

O crescimento na França se manteve estagnado pelo terceiro trimestre consecutivo. O ministro francês de Economia, Pierre Moscovici, reconheceu que os números do segundo trimestre "não são bons".

Moscovici, em entrevista à emissora de rádio "Europe 1", reafirmou seu objetivo de crescimento de 0,3% para 2012 e disse que espera que o terceiro e quarto trimestre sejam "mais positivos".

Surpreende os dados da Finlândia, cuja economia retrocedeu 1% entre abril e junho, após avançar 0,8% no primeiro trimestre. O melhor resultado foi alcançado pela Suécia, com um crescimento de 1,4%.

A Romênia saiu da recessão ao avançar 0,5% entre abril e junho, frente à queda de 0,1% e de 0,2% nos trimestres anteriores. A economia letona também progrediu, ao crescer 1%, da mesma forma que a eslovaca, que avançou 0,7%.

Já a Bélgica sofreu as consequências da crise, pois sua economia se contraiu 0,6% no segundo trimestre após um crescimento de 0,2% no primeiro.

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