EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h26.
A economia brasileira cresceu 0,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao último trimestre de 2006, segundo os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB registrou expansão de 4,3%.
Em valor, o PIB do país chegou a 596,2 bilhões de reais, dos quais 511,1 bilhões são referentes a valor adicionado e 85,1 bilhões referentes a impostos sobre produtos.
Na comparação com o quarto trimestre de 2006, o setor que mostrou maior avanço foi o de serviços, que registrou alta de 1,7%. A indústria ficou praticamente estável, com um ligeiro crescimento de 0,3%, enquanto a agropecuária sofreu queda de 2,4%. Pelo lado da demanda, o governo consumiu 3,5% mais no primeiro trimestre do ano. As famílias também reforçaram o consumo, com alta de 0,9%. A formação bruta de capital fixo cresceu 2,1%. As importações de bens e serviços também ganharam fôlego, com alta de 4,1% - essa foi a décima quarta elevação seguida nessa base de comparação.
Frente ao mesmo trimestre do ano passado, o setor que mais contribuiu para o avanço do PIB também foi o de serviços, que teve taxa positiva de 4,6% - o maior desempenho na base trimestral de comparação desde o quarto trimestre de 2004 (5,1%). Logo atrás veio a indústria, com alta de 3%, e a agropecuária, que mostrou resultado positivo de 2,1%. O resultado da agropecuária nesta comparação pode ser explicado, segundo o IBGE, "pelo desempenho de alguns produtos que apresentaram safra relevante no trimestre", como algodão, milho e batata inglesa, que têm um crescimento esperado na produção de 30%, 21% e 10%, respectivamente. "Outro fator importante foi o desempenho positivo dos bovinos, produto mais importante dentro da pecuária", declarou o IBGE.
No acumulado dos quatro trimestres encerrados em março de 2007, o PIB brasileiro registrou alta de 3,8% frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Nesse resultado, a agropecuária foi quem mais contribuiu, com alta de 5,5%. Serviços e indústria tiveram expansão de, respectivamente, 3,8% e 2,3%. Pelo lado da demanda, as famílias aumentaram em 4,8% o consumo nos últimos quatro trimestres, favorecidas "pela elevação da massa salarial real dos trabalhadores e pelo crescimento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas", de acordo com o IBGE. A formação bruta de capital fixo teve incremento de 7,7% e o consumo do governo, de 3,4%.