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Economia autoriza refinanciamento de dívida de Minas com União dentro do RRF

A adesão ao RRF foi uma das quedas de braço enfrentadas pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), reeleito este ano, com a Assembleia Legislativa do Estado

O titular Paulo Guedes está de férias até o último dia do atual governo, 31 de dezembro (Danny Lehman/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 14h34.

Última atualização em 21 de dezembro de 2022 às 14h39.

O Ministério da Economia autorizou contrato de refinanciamento de dívidas do estado de Minas Gerais com a União no âmbito da Lei Complementar nº 159/2017, que criou o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal (RRF).

"Tendo em vista as manifestações da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional quanto ao cumprimento dos requisitos legais aplicáveis, autorizo a contratação, observadas as normas legais e regulamentares pertinentes", decide o ministro substituto da pasta, Marcelo Guaranys, em despacho publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 20.

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O titular Paulo Guedes está de férias até o último dia do atual governo, 31 de dezembro.

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A adesão ao RRF foi uma das quedas de braço enfrentadas pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), reeleito este ano, com a Assembleia Legislativa do Estado. Na semana passada, no entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques acatou pedido de Zema e concedeu liminar para que Minas possa celebrar com a União o contrato de adesão ao regime.

Em julho, o Tesouro Nacional declarou que o Estado estava apto a entrar no programa, mas, por causa da falta de lei estadual que autorizasse a adesão, o órgão federal não pode atender à solicitação. A decisão de Nunes Marques dispensou essa exigência. Zema alegou no processo que, embora houvesse dois pedidos de urgência, a Assembleia Legislativa não apreciou o projeto de lei autorizativo.

Criado em 2017, o regime de recuperação concede aos entes da Federação endividados facilidades como suspensão dos pagamentos das dívidas com a União e, como contrapartida, exige a realização de um programa de ajuste fiscal local. O processo precisa passar pelo Ministério da Economia. Minas Gerais tem mais de R$ 140 bilhões em dívida com a União, cujos pagamentos estão suspensos desde 2018 por decisão judicial. Até então, participavam do RRF os Estados de Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

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