Cortes orçamentários são o centro da estratégia da zona do euro para superar a crise da dívida pública de três anos (Reuters/ Francois Lenoir)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2012 às 09h59.
Bruxelas - A zona do euro deve ser mais flexível nos profundos cortes de gastos do governo, mas continuar o caminho de reforma, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira, somando sua voz àqueles que pedem por um afrouxamento do corte de custos que eles veem como asfixiando as economias.
Cortes orçamentários são o centro da estratégia da zona do euro para superar a crise da dívida pública de três anos, mas desde que o bloco caiu novamente em recessão este ano, as autoridades estão começando a questionar a sabedoria de tal redução agressiva de déficit.
Contra um cenário de desemprego recorde e greves pela Europa neste mês, a OCDE afirmou em relatório que os cortes de gastos simultâneos em quase todos os países da zona do euro pioraram a crise.
O órgão pede agora que aqueles países que tenham capacidade, como a Alemanha, estejam preparados para aumentar os gastos para ajudar o crescimento.
"Nós reconhecemos que uma das causas da desaceleração é o aperto fiscal", afirmou à Reuters o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan.
"Se a situação se deteriorar ainda mais, esses países com espaço fiscal devem usá-lo, possivelmente acrescentando algum estímulo ou mais afrouxamento discricionário se necessário", disse ele, destacando a Alemanha na zona do euro e a China.