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É hora da Grécia deixar a zona do euro, diz Roubini

Economista que anteviu a última crise global considera que a saída da Grécia é a única maneira de fazer o país crescer novamente, sem arrastar consigo a União Europeia

Nouriel Roubini considera inevitável saída da Grécia da zona do euro
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 17h01.

São Paulo - Como um casamento cujo divórcio é inevitável, a Grécia deve sair da zona do euro para uma solução menos “onerosa” para os dois lados. A receita foi dada em editorial do economista Nouriel Roubini - conhecido por ter previsto a crise financeira de quatro anos atrás - publicado no site Project Syndicate.

Segundo o economista, pacotes de resgate como os estabelecidos pela União Europeia não garantem que o país grego restabelecerá a competitividade necessária para não enfrentar uma década de depressão econômica.

“Todas as opções que possam restaurar a competitividade exigem desvalorização da moeda real”, opina ele. O dracma voltaria a ser uma realidade para a nação grega.

Para o economista, a saída do euro não levará junto países como Portugal, Espanha e Itália, porque estes já estão em crise com características semelhantes à grega. ”Economias sem liquidez, mas potencialmente solventes, como Itália e Espanha, necessitarão do apoio da Europa independentemente da existência da Grécia”, afirma. As perdas para o continente existirão, segundo Roubini, principalmente para instituições financeiras centrais da zona do euro, o que poderia ser superado.

“Não se engane: uma saída ordenada do euro pela Grécia implica em dor econômica significativa. Mas assistindo a implosão lenta e desordenada da economia grega e da sociedade seria muito pior”, encerra o economista.

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São Paulo - Como um casamento cujo divórcio é inevitável, a Grécia deve sair da zona do euro para uma solução menos “onerosa” para os dois lados. A receita foi dada em editorial do economista Nouriel Roubini - conhecido por ter previsto a crise financeira de quatro anos atrás - publicado no site Project Syndicate.

Segundo o economista, pacotes de resgate como os estabelecidos pela União Europeia não garantem que o país grego restabelecerá a competitividade necessária para não enfrentar uma década de depressão econômica.

“Todas as opções que possam restaurar a competitividade exigem desvalorização da moeda real”, opina ele. O dracma voltaria a ser uma realidade para a nação grega.

Para o economista, a saída do euro não levará junto países como Portugal, Espanha e Itália, porque estes já estão em crise com características semelhantes à grega. ”Economias sem liquidez, mas potencialmente solventes, como Itália e Espanha, necessitarão do apoio da Europa independentemente da existência da Grécia”, afirma. As perdas para o continente existirão, segundo Roubini, principalmente para instituições financeiras centrais da zona do euro, o que poderia ser superado.

“Não se engane: uma saída ordenada do euro pela Grécia implica em dor econômica significativa. Mas assistindo a implosão lenta e desordenada da economia grega e da sociedade seria muito pior”, encerra o economista.

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