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Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2010 às 19h50.
NOVA YORK (Reuters) - O índice Dow Jones chegou a cair abaixo da marca dos 10 mil pontos nesta quinta-feira em uma sessão difícil para o mercado de ações norte-americano, que sofreu suas piores perdas em mais de nove meses.
Os crescentes problemas de dívida soberana na Europa e um aumento inesperado nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos levaram investidores a ficar na defensiva antes da divulgação do relatório de postos de trabalho do país na sexta-feira.
Investidores venderam suas ações relacionadas a bancos e commodities ao longo da sessão, e o índice de medo de Wall Street saltou mais de 20 por cento, estimulando temores de que a breve pausa das perdas do mercado no fim de janeiro chegou ao fim.
"Ficamos mimados no ano passado, com o crescimento quase contínuo do mercado desde a mínima de março", disse à Reuters o vice-presidente global de investimentos da BlackRock, Bob Doll.
"A consolidação, ou fase de correções, provavelmente ainda não acabou".
Preocupações sobre se Grécia, Portugal e Espanha irão pagar suas dívidas serviram de combustível para uma fuga do mercado de ações para o menos arriscado dólar, o que afetou os preços de commodities baseados na moeda.
A alta inesperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA apontava para fraquezas insistentes no mercado de trabalho, e aumentou as preocupações na véspera da divulgação dos dados de empregos dos EUA.
No fechamento desta quinta-feira, o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 2,61 por cento, para 10.002 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,99 por cento, para 2.125 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 3,11 por cento, para 1.063 pontos.
O índice Dow Jones está, agora, 6,7 por cento abaixo de sua máxima em 15 meses, atingida em 19 de janeiro, e o índice S&P 500 está 7,6 por cento abaixo de sua máxima de 15 meses, atingida no fechamento do mesmo dia. O índice Nasdaq, que registrou sua máxima em 16 meses em 19 de janeiro, está 8,4 por cento abaixo desta marca.
Espanha e Portugal foram os últimos países da zona do euro a preocupar investidores com seus crescentes déficits fiscais, após a Grécia ter chacoalhado os mercados anteriormente.