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Dólar rompe a barreira dos R$ 3

Com uma queda de 1,45%, o dólar comercial fechou esta quarta-feira cotado a 3 reais - e chegou a ser vendido por 2,99 reais durante a tarde, o menor patamar desde agosto do ano passado, quando fechou a 2,91 reais. No ano, a moeda americana já acumula uma redução média de 15%. Vários fatores estimularam […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

Com uma queda de 1,45%, o dólar comercial fechou esta quarta-feira cotado a 3 reais - e chegou a ser vendido por 2,99 reais durante a tarde, o menor patamar desde agosto do ano passado, quando fechou a 2,91 reais. No ano, a moeda americana já acumula uma redução média de 15%.

Vários fatores estimularam a queda, que vinha sendo acentuada nas últimas semanas. Houve reação do mercado ao anúncio de um empréstimo de 30 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país. O resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa anual de juros em 26,5%, não apresentou surpresas, o que ajudou no resultado positivo do câmbio. Também contribuiu o anúncio da Petrobras de que o preço dos combustíveis devem cair.

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O otimismo em relação ao cenário político brasileiro e a captação de dólares por empresas e bancos nacionais explicam a trajetória de queda cada vez mais consistente da cotação da moeda americana. No entanto, não há unanimidade em relação a um maior avanço do real. É complicado o dólar se manter abaixo de 3 reais , diz Armando Franco, analista da Tendências Consultoria. Apesar do patamar ainda oferecer um retorno interessante, os exportadores vão chiar. Alguns analistas acreditam que o Banco Central pode intervir para impedir uma valorização da moeda brasileira e assegurar um saldo mais expressivo na balança comercial.

Dívida em dólar é reduzida

Um dos aspectos mais positivos da queda do dólar é a expressiva queda da parcela da dívida pública atrelada ao câmbio e a redução do crescimento dos débitos em títulos do governo. Segundo dados do Tesouro Nacional e do Banco Central, a dívida cambial caiu 11,41 bilhões de reais entre fevereiro e março - mês em que o real teve valorização de 6,12% frente ao dólar. Os débitos do governo em títulos ficaram em 649,7 bilhões de reais, um crescimento de apenas 0,75% no período.

Em setembro do ano passado, a parcela de débitos atrelada à variação cambial chegou a 40,67% da dívida. Até o dia 17 de abril, a parcela de débitos cambiais estava em 32% da dívida.

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