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Dólar não tem fôlego para continuar subindo

Superávits na balança comercial brasileira e manutenção do preço das commodities segurarão a alta do dólar, segundo a LCA

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

Apesar do nervosismo com que o mercado começou a semana, o dólar não tem fôlego para continuar subindo por muito tempo e deve recuar já em junho. A avaliação é da consultoria LCA, para quem vários fatores conterão a alta. "O nervosismo externo irá refluir ao longo do mês que vem [junho], em resposta a indícios mais consistentes de desaceleração da inflação e da atividade econômica nos Estados Unidos, que tenderão a reforçar apostas de interrupção do ciclo de elevação da Fed Funds Rate [taxa de remuneração dos títulos americanos]", afirma relatório da consultoria.

Para a LCA, no plano externo, dois fatores reduzirão a tensão do mercado. Nos últimos anos, muitos países emergentes promoveram ajustes em suas contas públicas, fortalecendo-se diante de eventuais crises externas. O segundo motivo é que os preços das commodities não devem "derreter", já que continuam sustentadas pelo sólido crescimento da China e pelo desempenho geral da economia mundial - o que garantirá parte das exportações dos emergentes.

A economia brasileira também apresenta sinais de que pode resistir à tensão sem fortes solavancos, de acordo com a consultoria. O principal escudo do Brasil é o bom desempenho comercial, que continuará gerando a entrada de dólares. A LCA continua projetando um superávit comercial de 44 bilhões de dólares para este ano. Outro fator é que o Banco Central deverá retomar as compras de dólar, assim que a situação se acalmar, o que contribuirá para equilibrar a situação.

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