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Dólar avança ante real com incertezas políticas

Às 9h09, o dólar avançava 0,66%, a 3,6375 reais na venda, após saltar 1,43% e voltar acima de 3,60 reais na sessão passada

Dólares: esses contratos equivalem, respectivamente, a compra e venda futura de dólares (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 10h29.

São Paulo - O dólar avançava contra o real e flertava com os 3,65 reais nesta terça-feira, em meio à crescente incerteza em relação ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e ao ambiente de aversão a risco nos mercados globais.

Às 10h20, o dólar avançava 0,64%, a 3,6369 reais na venda, após atingir 3,6545 reais na máxima da sessão.

"O mercado está questionando um pouco aquele otimismo exacerbado das últimas semanas, colocando mais incerteza na conta", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Após semanas de euforia com a perspectiva de troca no governo --algo que muitos operadores avaliam como um primeiro passo na retomada da confiança--, muitos operadores passaram a adotar estratégias mais cautelosas nos últimos dias em meio ao noticiário político intenso.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pediu na véspera que a denúncia que embasa o pedido de impeachment seja considerada nula por ferir a Constituição, em pronunciamento de cerca de duas horas na comissão que avalia o tema na Câmara dos Deputados.

Outra notícia que gerou desagrado entre os investidores foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de rejeitar duas ações que pediam a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

Operadores entendem que Lula pode ter mais facilidade para angariar apoio no Congresso Nacional de forma a reduzir as chances de impeachment.

O dólar também ganhava força contra as principais moedas emergentes nesta sessão, reflexo do tombo dos preços do petróleo e de expectativas de altas de juros nos Estados Unidos neste ano.

"Há um cheiro distinto de aversão a risco nos mercados", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

Mesmo com a pressão de alta vista nesta sessão, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 5.960 contratos de swap reverso, que equivalem a compra futura de dólar, em leilão nesta sessão.

O lote ofertado, porém, foi menor do que nas operações desse tipo conduzida nos últimos dias.

O BC também manteve para esta sessão a oferta de até 5.500 swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem no mês que vem.

A operação acontecerá entre 11h30 e 11h40 e o resultado será divulgado a partir das 11h50.

Matéria atualizada às 10h29

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São Paulo - O dólar avançava contra o real e flertava com os 3,65 reais nesta terça-feira, em meio à crescente incerteza em relação ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e ao ambiente de aversão a risco nos mercados globais.

Às 10h20, o dólar avançava 0,64%, a 3,6369 reais na venda, após atingir 3,6545 reais na máxima da sessão.

"O mercado está questionando um pouco aquele otimismo exacerbado das últimas semanas, colocando mais incerteza na conta", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Após semanas de euforia com a perspectiva de troca no governo --algo que muitos operadores avaliam como um primeiro passo na retomada da confiança--, muitos operadores passaram a adotar estratégias mais cautelosas nos últimos dias em meio ao noticiário político intenso.

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pediu na véspera que a denúncia que embasa o pedido de impeachment seja considerada nula por ferir a Constituição, em pronunciamento de cerca de duas horas na comissão que avalia o tema na Câmara dos Deputados.

Outra notícia que gerou desagrado entre os investidores foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de rejeitar duas ações que pediam a suspensão da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

Operadores entendem que Lula pode ter mais facilidade para angariar apoio no Congresso Nacional de forma a reduzir as chances de impeachment.

O dólar também ganhava força contra as principais moedas emergentes nesta sessão, reflexo do tombo dos preços do petróleo e de expectativas de altas de juros nos Estados Unidos neste ano.

"Há um cheiro distinto de aversão a risco nos mercados", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

Mesmo com a pressão de alta vista nesta sessão, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 5.960 contratos de swap reverso, que equivalem a compra futura de dólar, em leilão nesta sessão.

O lote ofertado, porém, foi menor do que nas operações desse tipo conduzida nos últimos dias.

O BC também manteve para esta sessão a oferta de até 5.500 swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem no mês que vem.

A operação acontecerá entre 11h30 e 11h40 e o resultado será divulgado a partir das 11h50.

Matéria atualizada às 10h29

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