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Dívida pública federal poderá chegar a R$2,24 tri este ano

O Tesouro também já comprou dólares para honrar os compromissos da dívida externa dos dois próximos anos

Notas de Real (SXC.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 23h28.

Brasília - O governo federal terá que emitir 412,6 bilhões de reais neste ano em títulos públicos para financiar a dívida pública federal, que deverá chegar ao fim do ano entre 2,10 trilhões e 2,24 trilhões de reais, de acordo com o Plano Anual de Financiamento divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional.

Os vencimentos da dívida pública interna somam este ano 493,2 bilhões de reais e, além de novas emissões, o governo prevê utilizar 131,2 bilhões de reais de recursos orçamentários para honrar esses compromissos.

De acordo com o documento, o Tesouro tem em caixa o equivalente a cerca de 5 meses de vencimentos de principal e juros da dívida, que poderão ser utilizados caso encontre "condições de mercado extremamente adversas" para a colocação de papéis no mercado.

O Tesouro também já comprou dólares para honrar os compromissos da dívida externa dos dois próximos anos, segundo o relatório. Neste ano, vencem o equivalente a 10,7 bilhões de reais em dívida externa mobiliária e contratual.

Perfil da dívida

A estratégia de financiamento para este ano prevê o alongamento do prazo médio da dívida para uma faixa entre 4,1 e 4,3 anos, ante 4 anos em 2012, e a troca gradual dos títulos indexados à Selic por prefixados e remunerados por índices de preços.

De acordo com o PAF, a parcela da dívida atrelada à inflação deve ficar entre 34 e 37 por cento este ano, conta 33,9 por cento em 2012. Já a prefixada deverá subir dos atuais 40 por cento, para entre 41 e 45 por cento neste ano.

Com isso, o Tesouro quer reduzir a participação dos títulos indexados à taxa de Selic -- as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs)--, para entre 14 por cento e 19 por cento do estoque da dívida. No fim de 2012, esses papéis respondiam por 21,7 por cento do total da dívida mobiliária federal.

"A indexação que nos gostaríamos de ver diminuída é essa que faz com que qualquer movimento da política monetária se reflita imediatamente no preço dos títulos (...) Por isso que a gente trabalha com os dois títulos: com prefixado e com índice de inflação", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao divulgar o documento nesta quinta-feira.

Augustin minimizou o efeito da disparada dos preços no apetite dos investidores por papéis atrelados à inflação.

"Tem momentos que o mercado prefere esse título. O mercado tem suas avaliações. Nós consideramos normal esse processo no qual o mercado num determinado momento prefere isso ou prefere aquilo", afirmou o secretário do Tesouro ao apresentar o Plano Anual de Financiamento (PAF).

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Brasília - O governo federal terá que emitir 412,6 bilhões de reais neste ano em títulos públicos para financiar a dívida pública federal, que deverá chegar ao fim do ano entre 2,10 trilhões e 2,24 trilhões de reais, de acordo com o Plano Anual de Financiamento divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional.

Os vencimentos da dívida pública interna somam este ano 493,2 bilhões de reais e, além de novas emissões, o governo prevê utilizar 131,2 bilhões de reais de recursos orçamentários para honrar esses compromissos.

De acordo com o documento, o Tesouro tem em caixa o equivalente a cerca de 5 meses de vencimentos de principal e juros da dívida, que poderão ser utilizados caso encontre "condições de mercado extremamente adversas" para a colocação de papéis no mercado.

O Tesouro também já comprou dólares para honrar os compromissos da dívida externa dos dois próximos anos, segundo o relatório. Neste ano, vencem o equivalente a 10,7 bilhões de reais em dívida externa mobiliária e contratual.

Perfil da dívida

A estratégia de financiamento para este ano prevê o alongamento do prazo médio da dívida para uma faixa entre 4,1 e 4,3 anos, ante 4 anos em 2012, e a troca gradual dos títulos indexados à Selic por prefixados e remunerados por índices de preços.

De acordo com o PAF, a parcela da dívida atrelada à inflação deve ficar entre 34 e 37 por cento este ano, conta 33,9 por cento em 2012. Já a prefixada deverá subir dos atuais 40 por cento, para entre 41 e 45 por cento neste ano.

Com isso, o Tesouro quer reduzir a participação dos títulos indexados à taxa de Selic -- as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs)--, para entre 14 por cento e 19 por cento do estoque da dívida. No fim de 2012, esses papéis respondiam por 21,7 por cento do total da dívida mobiliária federal.

"A indexação que nos gostaríamos de ver diminuída é essa que faz com que qualquer movimento da política monetária se reflita imediatamente no preço dos títulos (...) Por isso que a gente trabalha com os dois títulos: com prefixado e com índice de inflação", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao divulgar o documento nesta quinta-feira.

Augustin minimizou o efeito da disparada dos preços no apetite dos investidores por papéis atrelados à inflação.

"Tem momentos que o mercado prefere esse título. O mercado tem suas avaliações. Nós consideramos normal esse processo no qual o mercado num determinado momento prefere isso ou prefere aquilo", afirmou o secretário do Tesouro ao apresentar o Plano Anual de Financiamento (PAF).

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