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Dirigente do BoE destaca inflação de serviços, mas fala em espaço para normalizar juros

Para Swati Dhingra, é possível manter nível restritivo para controlar os preços, no entanto setor de serviços ainda é um indicador ruim de pressões domésticas

Swati Dhingra, dirigente do Banco da Inglaterra (BoE) ( Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 15h48.

Dirigente do Banco da Inglaterra ( BoE, pela sigla em inglês), Swati Dhingra, ainda vê uma inflação de serviços resiliente no Reino Unido, mas afirmou que há espaço para normalizar gradualmente as taxas de juros e manter nível restritivo o suficiente para controlar os preços.

"Moderar este aperto monetário agressivo e passar os efeitos para a economia real levará tempo, o que manterá os juros do BoE restritivos por um período mesmo quando começarmos a normalização da política monetária", afirmou Dhingra, em evento do MNI Connect.

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Na visão dela, o setor de serviços não é um bom indicador de pressões domésticas, separado de outros indicadores econômicos.

A dirigente afirmou que não vê uma correlação entre o temor sobre aumento da demanda e a melhora em salários reais, considerando que o consumo continua baixo no Reino Unido. "O consumo britânico não está se recuperando ou acelerando aos níveis pré-pandemia, como vimos nos Estados Unidos e na zona do euro", apontou. "O consumo no Reino Unido, inclusive, segue baixo em comparação a pares internacionais."

Durante o evento, Dhingra defendeu seu voto na última decisão monetária do BoE, apoiando um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros. Segundo ela, esperar para cortar juros não será um processo sem custos para a economia britânica.

No entanto, a dirigente evitou prever qual será o tamanho apropriado de event cortes de juros, quando questionada, enfatizando que a decisão será tomada de acordo com os dados disponíveis e riscos iminentes.

Ela notou que, por exemplo, riscos relacionados à tensões geopolíticas e atividade econômica global permanecem. "Se a demanda voltar a acelerar e provocar um repique da inflação, posso reavaliar minha posição", afirmou.

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