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Dilma e Hollande analisarão negociações entre UE e Mercosul

Mercosul e a UE acertaram que intercambiarão suas ofertas para o acordo antes do fim do ano, o que representaria a renovação formal de discussões suspensas

François Hollande: presidente da Franã chegará ao Brasil acompanhado por oito ministros e por representantes de 50 empresas francesas, que explorarão novas oportunidades aqui (Laurent Dubrule/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 15h19.

Brasília - O presidente da França, François Hollande , será recebido amanhã, quinta-feira, pela presidente Dilma Rousseff, com quem discutirá uma vasta agenda que inclui as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

"As discussões estão avançando" e "obviamente o assunto será discutido" por Dilma e Hollande, disseram nesta quarta-feira fontes do governo, que destacaram o "interesse" que os países do Mercosul têm em alcançar um acordo com a UE, com a qual há negociações há mais de uma década.

O Mercosul e a UE acertaram que intercambiarão suas ofertas para o acordo antes do fim do ano, o que representaria a renovação formal de discussões que estão suspensas há quatro anos.

Hollande, que fará uma visita de Estado, chegará amanhã a Brasília, onde terá uma reunião privada com Dilma e ministros de ambos os governos. A visita do presidente ao Brasil ocorre exatamente um ano após a visita de Estado que Dilma fez à França.

No encontro serão assinados pelo menos sete acordos entre ambos os países, um deles dirigido à construção e futuro lançamento de um satélite geoestacionário que prestará serviços ao Brasil, com custo previsto de US$ 600 milhões.

Além disso, o Instituto Pasteur da França e a Fundação Fiocruz assinarão um convênio para o desenvolvimento conjunto de uma vacina para o combate de sete doenças infantis.

Também será assinado um acordo que permitirá que jovens brasileiros e franceses obtenham vistos especiais de permanência para ficar durante um ano, inclusive com direito a trabalhar.

A França é atualmente o quinto maior investidor estrangeiro no Brasil, com a operação de mais de 500 empresas.


Hollande chegará ao Brasil acompanhado por oito ministros e por representantes de 50 empresas francesas, que explorarão novas oportunidades de negócios no país.

Entre os empresários que integrarão a comitiva está Éric Trappier, presidente do grupo Dassault, que concorre em uma licitação para fornecer 36 caças à Força Aérea Brasileira.

O avião Rafale da Dassault tem como rivais o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. Contudo, a licitação está suspensa há mais de quatro anos.

"Seguramente a França voltará a defender o Rafale", disseram fontes oficiais brasileiras, embora tenham ressaltado que a licitação esteja paralisada por razões orçamentárias e que não seja esperado que Brasil decida sobre o assunto no curto prazo.

Em relação à área de Defesa, está previsto que Dilma e Hollande discutam o desenvolvimento de um programa conjunto para a construção de quatro submarinos convencionais e de um quinto com propulsão nuclear, que deverá ser entregue ao Brasil em 2021.

Durante sua estadia em Brasília, Hollande também inaugurará um novo campus do Colégio Francês e se reunirá com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém uma estreita amizade.

Outro assunto na agenda de Dilma e Hollande deverá ser a busca de alternativas para dar maior impulso ao comércio bilateral, que em 2012 chegou a US$ 10 bilhões, com um superávit de US$ 1,8 bilhão em favor do Brasil.

Após concluir suas atividades oficiais em Brasília, Hollande viajará para São Paulo, onde participará na sexta-feira de um seminário empresarial. Além disso, se reunirá com o governador Geraldo Alckmin e outras autoridades.

Ainda na sexta-feira, o presidente francês viajará para a Guiana Francesa onde visitará uma base militar e as obras de um novo centro esportivo que a seleção de futebol de seu país prevê utilizar para começar sua preparação para a Copa do Mundo.

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Brasília - O presidente da França, François Hollande , será recebido amanhã, quinta-feira, pela presidente Dilma Rousseff, com quem discutirá uma vasta agenda que inclui as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

"As discussões estão avançando" e "obviamente o assunto será discutido" por Dilma e Hollande, disseram nesta quarta-feira fontes do governo, que destacaram o "interesse" que os países do Mercosul têm em alcançar um acordo com a UE, com a qual há negociações há mais de uma década.

O Mercosul e a UE acertaram que intercambiarão suas ofertas para o acordo antes do fim do ano, o que representaria a renovação formal de discussões que estão suspensas há quatro anos.

Hollande, que fará uma visita de Estado, chegará amanhã a Brasília, onde terá uma reunião privada com Dilma e ministros de ambos os governos. A visita do presidente ao Brasil ocorre exatamente um ano após a visita de Estado que Dilma fez à França.

No encontro serão assinados pelo menos sete acordos entre ambos os países, um deles dirigido à construção e futuro lançamento de um satélite geoestacionário que prestará serviços ao Brasil, com custo previsto de US$ 600 milhões.

Além disso, o Instituto Pasteur da França e a Fundação Fiocruz assinarão um convênio para o desenvolvimento conjunto de uma vacina para o combate de sete doenças infantis.

Também será assinado um acordo que permitirá que jovens brasileiros e franceses obtenham vistos especiais de permanência para ficar durante um ano, inclusive com direito a trabalhar.

A França é atualmente o quinto maior investidor estrangeiro no Brasil, com a operação de mais de 500 empresas.


Hollande chegará ao Brasil acompanhado por oito ministros e por representantes de 50 empresas francesas, que explorarão novas oportunidades de negócios no país.

Entre os empresários que integrarão a comitiva está Éric Trappier, presidente do grupo Dassault, que concorre em uma licitação para fornecer 36 caças à Força Aérea Brasileira.

O avião Rafale da Dassault tem como rivais o F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab. Contudo, a licitação está suspensa há mais de quatro anos.

"Seguramente a França voltará a defender o Rafale", disseram fontes oficiais brasileiras, embora tenham ressaltado que a licitação esteja paralisada por razões orçamentárias e que não seja esperado que Brasil decida sobre o assunto no curto prazo.

Em relação à área de Defesa, está previsto que Dilma e Hollande discutam o desenvolvimento de um programa conjunto para a construção de quatro submarinos convencionais e de um quinto com propulsão nuclear, que deverá ser entregue ao Brasil em 2021.

Durante sua estadia em Brasília, Hollande também inaugurará um novo campus do Colégio Francês e se reunirá com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem mantém uma estreita amizade.

Outro assunto na agenda de Dilma e Hollande deverá ser a busca de alternativas para dar maior impulso ao comércio bilateral, que em 2012 chegou a US$ 10 bilhões, com um superávit de US$ 1,8 bilhão em favor do Brasil.

Após concluir suas atividades oficiais em Brasília, Hollande viajará para São Paulo, onde participará na sexta-feira de um seminário empresarial. Além disso, se reunirá com o governador Geraldo Alckmin e outras autoridades.

Ainda na sexta-feira, o presidente francês viajará para a Guiana Francesa onde visitará uma base militar e as obras de um novo centro esportivo que a seleção de futebol de seu país prevê utilizar para começar sua preparação para a Copa do Mundo.

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