Dilma defende diálogo 'entre iguais' com Estados Unidos
A chefe de estado defendeu o protagonismo do grupo dos BRICs, que são, de acordo com a governante, as economias ''mais dinâmicas'' hoje em dia
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h25.
Washington - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira um diálogo ''entre iguais'' com os Estados Unidos e o aproveitamento do potencial da relação bilateral para ''reequilibrar'' o comércio entre os dois países, durante discurso num fórum com empresários realizado em Washington.
''Cada vez mais buscamos um diálogo entre nações iguais'', destacou Dilma ao indicar que o Brasil é consciente ''da importância dos Estados Unidos nesta conjuntura de crise para a reconstrução da prosperidade internacional''.
No entanto, a presidente lembrou que no mundo multipolar de hoje as relações entre os países devem refletir ''a nova distribuição de poder'' e dar lugar a ''um sistema internacional mais inclusivo e cooperativo''. O fórum foi realizado na Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
A chefe de estado defendeu o protagonismo do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que são, de acordo com a governante, as economias ''mais dinâmicas'' hoje em dia.
Os Brics reúnem 43% da população mundial e 25% da riqueza, e geraram 56% do crescimento econômico registrado no mundo nos últimos anos.
Assim como fez após o término de sua reunião na Casa Branca com o presidente de EUA, Barack Obama, Dilma aproveitou o fórum para expressar sua preocupação pelas políticas monetárias expansivas dos países ricos.
Essas políticas, que provocam uma ''desvalorização artificial da moeda nos países desenvolvidos'', estão ''diminuindo a competitividade dos emergentes'', opinou a líder.
Se não forem modificadas, essas políticas monetárias ''serão bastante nocivas para aqueles que são hoje o motor do crescimento internacional'', acrescentou Dilma.
Por outro lado, a presidente propôs aproveitar o ''potencial'' da relação com os Estados Unidos para ''reequilibrar'' o comércio bilateral, que apresenta um saldo ''desfavorável'' para o Brasil.
Segundo os últimos dados do Departamento de Comércio dos EUA, entre janeiro e dezembro de 2011 o déficit brasileiro somou US$ 11,572 bilhões, frente aos US$ 11,467 bilhões de 2010.
''É necessário ampliar a troca educacional e científica'', assim como aproveitar as oportunidades de cooperação na área dos biocombustíveis, ponderou Dilma.
No setor educativo, o governo pretende enviar 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação para as 50 melhores universidades do mundo e pelo menos 20% deles irá para os Estados Unidos.
Nesta terça-feira, Dilma dará uma palestra na Universidade de Harvard, em Boston.
Washington - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira um diálogo ''entre iguais'' com os Estados Unidos e o aproveitamento do potencial da relação bilateral para ''reequilibrar'' o comércio entre os dois países, durante discurso num fórum com empresários realizado em Washington.
''Cada vez mais buscamos um diálogo entre nações iguais'', destacou Dilma ao indicar que o Brasil é consciente ''da importância dos Estados Unidos nesta conjuntura de crise para a reconstrução da prosperidade internacional''.
No entanto, a presidente lembrou que no mundo multipolar de hoje as relações entre os países devem refletir ''a nova distribuição de poder'' e dar lugar a ''um sistema internacional mais inclusivo e cooperativo''. O fórum foi realizado na Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
A chefe de estado defendeu o protagonismo do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que são, de acordo com a governante, as economias ''mais dinâmicas'' hoje em dia.
Os Brics reúnem 43% da população mundial e 25% da riqueza, e geraram 56% do crescimento econômico registrado no mundo nos últimos anos.
Assim como fez após o término de sua reunião na Casa Branca com o presidente de EUA, Barack Obama, Dilma aproveitou o fórum para expressar sua preocupação pelas políticas monetárias expansivas dos países ricos.
Essas políticas, que provocam uma ''desvalorização artificial da moeda nos países desenvolvidos'', estão ''diminuindo a competitividade dos emergentes'', opinou a líder.
Se não forem modificadas, essas políticas monetárias ''serão bastante nocivas para aqueles que são hoje o motor do crescimento internacional'', acrescentou Dilma.
Por outro lado, a presidente propôs aproveitar o ''potencial'' da relação com os Estados Unidos para ''reequilibrar'' o comércio bilateral, que apresenta um saldo ''desfavorável'' para o Brasil.
Segundo os últimos dados do Departamento de Comércio dos EUA, entre janeiro e dezembro de 2011 o déficit brasileiro somou US$ 11,572 bilhões, frente aos US$ 11,467 bilhões de 2010.
''É necessário ampliar a troca educacional e científica'', assim como aproveitar as oportunidades de cooperação na área dos biocombustíveis, ponderou Dilma.
No setor educativo, o governo pretende enviar 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação para as 50 melhores universidades do mundo e pelo menos 20% deles irá para os Estados Unidos.
Nesta terça-feira, Dilma dará uma palestra na Universidade de Harvard, em Boston.