Dia deve ser tenso no mercado
O mercado financeiro brasileiro deverá viver um dia mais tenso nesta quinta-feira, sem a tranqüilidade de ontem. Alguns operadores esperam uma queda nos preços das ações e uma alta nas cotações do dólar logo no começo do dia. A moeda americana subiu para 2,527 reais logo no começo da quarta-feira, mas fechou a 2,502 reais, […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.
O mercado financeiro brasileiro deverá viver um dia mais tenso nesta quinta-feira, sem a tranqüilidade de ontem. Alguns operadores esperam uma queda nos preços das ações e uma alta nas cotações do dólar logo no começo do dia.
A moeda americana subiu para 2,527 reais logo no começo da quarta-feira, mas fechou a 2,502 reais, com leve queda de 0,16%. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,19%, com um expressivo volume de negócios de 698 milhões de reais.
Para os profissionais do mercado, a alta da bolsa foi um mero movimento de compra de ações consideradas baratas pelos investidores. Não há, dizem eles, uma tendência sustentável de ganho, e a trajetória da Bolsa ainda é de desvalorização.
As pesquisas que apontaram Lula, do PT, em primeiro lugar nas intenções de voto não influenciaram nem a bolsa nem a cotação do dólar na quarta-feira. "O resultado das pesquisas já era esperado", afirma um operador. Nesta quinta, o candidato à Presidência Anthony Garotinho (PSB) fará um pronunciamento de 10 minutos em cadeia nacional de rádio e TV.
Está programado para hoje o depoimento de profissionais do mercado financeiro na CPI da Câmara de São Paulo que apura denúncias de irregularidades sobre privatização do Banespa. A suspeita é que eles tenham tido acesso a informações privilegiadas e lucrado com a venda do banco ao espanhol Santander.
Em Madri, o presidente Fernando Henrique Cardoso participará de almoço com os principais líderes empresariais do país, como os dirigentes do Santander, da Telefónica, do Banco Bilbao Viscaya e da Repsol.
Segundo o Lloyds TSB, o Banco Mundial enviou um pedido de aprovação de empréstimo de US$ 850 milhões, que será destinado a aumentar a produção interna de energia, evitando crises energéticas e econômicas futuras, e para programas sociais no Brasil.
"Uma posição importante é o otimismo dos diretores do Banco Mundial. David Ferranti, vice-presidente para a América Latina, afirmou que o nível de endividamento não é crítico e que a administração atual tem sido bem gerenciada", afirma o Lloyds TSB.
O Lloyds faz, porém, uma ressalva ao atraso na aprovação da CPMF pelo Congresso. O prazo para aprovar a emenda que prorroga a cobrança e altera os percentuais é até 17 de junho. Se passar, terá de começar tudo do zero novamente. Isso significa que as perdas, estimadas em cerca de R$ 5 bilhões, poderão avançar pelo segundo semestre.
Indicadores dos EUA
Hoje, está programada a divulgação nos Estados Unidos de dois indicadores usados para mostrar o aquecimento, ou não, da economia norte-americana: o número de pedidos de seguro desemprego e o índice de construção de novas casas.