Exame Logo

Desoneração reduzirá gasto público em R$12 bi, diz Barbosa

De acordo com o ministro, as alterações incluídas no projeto mantêm a política de desoneração "atrativa"

Nelson Barbosa: "esse projeto contribuiu para a recuperação do crescimento do país o mais rápido possível", concluiu (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2015 às 15h03.

Brasília - O projeto que revê o regime de desoneração da folha de pagamentos pode diminuir os gastos do governo em R$ 12 bilhões por ano, "melhorando o resultado da Previdência Social", disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa , nesta segunda-feira, 23, após participar de reunião de coordenação política conduzida pela presidente Dilma Rousseff . Barbosa ponderou que, mesmo assim, a essência do programa de desoneração será "preservada".

Na última sexta-feira, 20, a equipe econômica encaminhou, com urgência constitucional, ao Congresso um projeto de lei que, entre outros pontos, prevê o aumento das alíquotas de recolhimento das empresas incluídas no regime de desoneração de 1% para 2,5%, principalmente para setores da indústria, e de 2% para 4,5%, para setores de serviços.

A proposta também torna a adesão ao regime de desoneração optativa.

De acordo com Barbosa, as alterações incluídas no projeto mantêm a política de desoneração "atrativa" para empresas intensivas em trabalho e para as "100% exportadoras".

"Esse projeto contribuiu para a recuperação do crescimento do País o mais rápido possível", concluiu.

Crise

O envio das mudanças na política de desoneração por projeto de lei ocorreu porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu no início de março uma Medida Provisória prevendo mudanças no regime.

O gesto marcou o ponto mais crítico da crise entre Renan e o Palácio do Planalto.

Após duas semanas de negociações lideradas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que também esteve na reunião de coordenação política, o governo enviou um projeto com o mesmo texto.

Apesar de ajustes serem dados como certos durante a tramitação, o acordo é que alterações na redação sejam discutidas no Congresso. De acordo com Barbosa, Levy apresentou hoje aos demais ministros que participaram da reunião com Dilma detalhes do projeto.

Ajuste fiscal

Segundo o ministro, a equipe econômica começa a se organizar para fazer a interlocução com as comissões especiais constituídas para debater, no Congresso, as medidas provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas.

Ele disse que os ministros da equipe econômica irão às audiências públicas para defender as alterações propostas, consideradas "corretas".

As Medidas Provisórias 664 e 665 tiveram suas comissões instaladas na semana passada. Elas precisarão ser votadas nesses colegiados e depois seguirão para os plenário da Câmara e do Senado.

Apesar disso, ele ressaltou que já existe um trabalho de "explicação política e de esclarecimento" para a sociedade e para as lideranças políticas há muito tempo.

Ele lembrou que já em janeiro o governo criou um grupo de trabalho para discutir o tema com as centrais sindicais. Barbosa reforçou a sinalização de que o governo quer evitar mais desgastes com o Legislativo.

"As coisas têm de seguir seu processo natural. Nós enviamos nossas medidas ao Congresso e vamos tomar as medidas que acharmos necessárias", disse em referência às duas Medidas Provisórias de ajuste fiscal que serão avaliadas pelos parlamentares.

Veja também

Brasília - O projeto que revê o regime de desoneração da folha de pagamentos pode diminuir os gastos do governo em R$ 12 bilhões por ano, "melhorando o resultado da Previdência Social", disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa , nesta segunda-feira, 23, após participar de reunião de coordenação política conduzida pela presidente Dilma Rousseff . Barbosa ponderou que, mesmo assim, a essência do programa de desoneração será "preservada".

Na última sexta-feira, 20, a equipe econômica encaminhou, com urgência constitucional, ao Congresso um projeto de lei que, entre outros pontos, prevê o aumento das alíquotas de recolhimento das empresas incluídas no regime de desoneração de 1% para 2,5%, principalmente para setores da indústria, e de 2% para 4,5%, para setores de serviços.

A proposta também torna a adesão ao regime de desoneração optativa.

De acordo com Barbosa, as alterações incluídas no projeto mantêm a política de desoneração "atrativa" para empresas intensivas em trabalho e para as "100% exportadoras".

"Esse projeto contribuiu para a recuperação do crescimento do País o mais rápido possível", concluiu.

Crise

O envio das mudanças na política de desoneração por projeto de lei ocorreu porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu no início de março uma Medida Provisória prevendo mudanças no regime.

O gesto marcou o ponto mais crítico da crise entre Renan e o Palácio do Planalto.

Após duas semanas de negociações lideradas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que também esteve na reunião de coordenação política, o governo enviou um projeto com o mesmo texto.

Apesar de ajustes serem dados como certos durante a tramitação, o acordo é que alterações na redação sejam discutidas no Congresso. De acordo com Barbosa, Levy apresentou hoje aos demais ministros que participaram da reunião com Dilma detalhes do projeto.

Ajuste fiscal

Segundo o ministro, a equipe econômica começa a se organizar para fazer a interlocução com as comissões especiais constituídas para debater, no Congresso, as medidas provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas.

Ele disse que os ministros da equipe econômica irão às audiências públicas para defender as alterações propostas, consideradas "corretas".

As Medidas Provisórias 664 e 665 tiveram suas comissões instaladas na semana passada. Elas precisarão ser votadas nesses colegiados e depois seguirão para os plenário da Câmara e do Senado.

Apesar disso, ele ressaltou que já existe um trabalho de "explicação política e de esclarecimento" para a sociedade e para as lideranças políticas há muito tempo.

Ele lembrou que já em janeiro o governo criou um grupo de trabalho para discutir o tema com as centrais sindicais. Barbosa reforçou a sinalização de que o governo quer evitar mais desgastes com o Legislativo.

"As coisas têm de seguir seu processo natural. Nós enviamos nossas medidas ao Congresso e vamos tomar as medidas que acharmos necessárias", disse em referência às duas Medidas Provisórias de ajuste fiscal que serão avaliadas pelos parlamentares.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEconomistasNelson BarbosaOrçamento federalPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame