Economia

Desocupação em janeiro fica em 11,2% e renda cai, diz IBGE

A taxa de desocupação superou os 10,5% de dezembro e praticamente igualou os 11,1% de janeiro de 2002, ficando em 11,2% em janeiro. Variação em relação a dezembro deveu-se à sazonalidade do indicador, afirma o IBGE. O número de pessoas desocupadas em relação a dezembro cresceu 8,2% e o de pessoas economicamente ativas cresceu 1,7%. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

A taxa de desocupação superou os 10,5% de dezembro e praticamente igualou os 11,1% de janeiro de 2002, ficando em 11,2% em janeiro. Variação em relação a dezembro deveu-se à sazonalidade do indicador, afirma o IBGE. O número de pessoas desocupadas em relação a dezembro cresceu 8,2% e o de pessoas economicamente ativas cresceu 1,7%. Em dezembro, o rendimento médio nominal habitualmente recebido caiu 5,1% e o efetivamente recebido cresceu 10,9%. Em termos reais, em relação ao mês anterior, houve variação de 5,1%. No setor privado, caiu o rendimento dos empregados com e sem carteira de trabalho de trabalho assinada (-3,1% e 7,7%, respectivamente).

Pessoas em idade ativa

A estimativa para o número de pessoas de 10 anos ou mais de idade, no mês de janeiro deste ano, foi de 36,6 milhões de pessoas, nas seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa. Dessas, 56,1% eram economicamente ativas (taxa de atividade) e 43,9% não economicamente ativas (taxa de inatividade). De dezembro para janeiro, aumentou a taxa de atividade e diminuiu a taxa de inatividade, ambas 0,8 ponto percentual. Do contingente de pessoas em idade ativa 49,9% estavam ocupadas (trabalhando) e 6,3% estavam desocupadas (não trabalhando e procurando trabalho no período de referência de 30 dias). Em dezembro esses percentuais foram de 49,5% e 5,8%, respectivamente.

Pessoas economicamente ativas

O número de pessoas economicamente ativas aumentou 1,7%, de dezembro para janeiro. Das seis regiões pesquisadas, apenas em Porto Alegre houve queda (-0,4%). No mesmo período, aumentaram a PEA masculina (1,6%) e a feminina (1,9%).

Pessoas ocupadas

O número de pessoas ocupadas aumentou 0,9% de dezembro para janeiro, devido ao crescimento em Recife (3,0%), Rio de Janeiro (2,7%) e Belo Horizonte (0,7%). No mesmo período, aumentou o número de ocupados (1,2%) e o de ocupadas (0,7%).

Dentre as pessoas ocupadas, aumentaram os empregados sem carteira de trabalho assinada (3,8%) e os empregadores (20,0%) e caiu o número de empregados com carteira de trabalho assinada (-1,7%) e de trabalhadores por conta própria (-0,4%). No setor privado, o número de empregados aumentou 1,1%, puxado pela elevação do contingente de empregados sem carteira de trabalho assinada (7,9%) porque o contingente de empregados com carteira diminuiu (-1,2%). Do total de empregados no setor privado, em janeiro de 2003, 72,5% tinham e 27,5% não tinham carteira de trabalho assinada. No mês anterior, os percentuais foram 74,2% e 25,8%, respectivamente. Por atividade, as variações positivas mais significativas ocorreram em outros serviços (3,8%) e na indústria extrativa e de transformação e distribuição de água, luz e gás (3,2%).

A pesquisa revela ainda que, de um mês para o outro, aumentou mais significativamente a participação das pessoas trabalhando em estabelecimentos que ocupavam de 6 a 10 pessoas (6,3% para 8,4%) e diminuiu a participação daquelas trabalhando em estabelecimentos com 11 pessoas ou mais (58,0% para 55,5%). O percentual de pessoas ocupadas que procuraram trabalho passou de 4,0% para 5,3%. A participação das pessoas com rendimento/hora efetivos inferior ao salário mínimo/hora, no total de pessoas ocupadas, apresentou ligeira queda (8,8% para 8,4%). No mesmo período, o percentual de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas aumentou (3,4% para 5,7%).

Total de desocupados

O número de desocupados, de dezembro do ano passado para janeiro deste ano, aumentou 8,2%. Os resultados por região metropolitana mostram acréscimo em Belo Horizonte (20,1%), São Paulo (13,4%), Recife (7,2%), Porto Alegre (5,3%) e Salvador (3,2%). No Rio de Janeiro houve queda de 4,0%. Nesse contingente, aumentou tanto o número de homens (5,9%) quanto o de mulheres (10,4%), o dos que já trabalharam anteriormente (7,6%) e o dos que nunca trabalharam (10,8%). A participação dos dois últimos, no total de desocupados em janeiro deste ano foi de 80,4% e 19,6%, respectivamente.

Em janeiro, 29,8% dos desocupados foram classificados como principal responsável pela família; 34,2% não tinham instrução ou tinham menos de 8 anos de estudo; 26,8% tinham de 8 a 10 anos de estudo e 39% tinham 11 anos ou mais. Quanto ao tempo de procura de trabalho, observou-se: 26,7% do total de desocupados declararam estar procurando trabalho até 30 dias; 49,8% de 31 dias a 6 meses; 11,4% de 7 a 11 meses e 12,1% de 1 a menos de 2 anos. Não foram registradas pessoas procurando trabalho ininterruptamente há mais de 2 anos. Em relação a dezembro, as maiores variações foram dos que procuraram até 30 dias (6,6 pontos percentuais), e dos que procuraram de 7 a 11 meses (-4,7 pontos percentuais).

Desocupados

A taxa de desocupação em janeiro (11,2%) foi superior à de dezembro (10,5%), e isso deveu-se à sazonalidade do indicador. Por região metropolitana, de dezembro para janeiro, verificaram-se as seguintes variações: Em Recife, de 11,3% para 11,7%; Salvador, de 14,8% para 15,2%; Belo Horizonte, de 8,3% para 9,8%; Rio de Janeiro, de 8,9% para 8,3%; São Paulo, de 11,7% para 13,0% e Porto Alegre, de 7,5% para 7,9%. A taxa de desocupação feminina aumentou mais (12,4% para 13,5%) do que a masculina (9,0% para 9,4%).

Não economicamente ativos

O número de pessoas não economicamente ativas (fora do mercado de trabalho) caiu 1,7% de dezembro do ano passado para janeiro deste ano. Houve redução tanto para o contingente masculino (-2,6%) quanto para o feminino (-1,2%). No mesmo período houve redução dos inativos que não gostariam de trabalhar (-3,3%) e crescimento dos que gostariam e estavam disponíveis para trabalhar (6,0%). Dentre os últimos, aumentou o número de pessoas marginalmente ligadas à PEA (13,2%), chegando a 5,7% da população não economicamente em janeiro de 2003.

Rendimento médio

O rendimento médio nominal habitualmente recebido por mês, referente ao mês de dezembro de 2002, situou-se em R$ 837,20. Em termos reais, em relação ao mês anterior, houve variação de 5,1%, influenciada pela variação dos rendimento dos empregados no setor privado (-4,6%), dos empregados no setor público (-2,9%) e dos trabalhadores por conta própria (-7,6%). No setor privado, caiu o rendimento dos empregados com e sem carteira de trabalho de trabalho assinada (-3,1% e 7,7%, respectivamente).

O rendimento médio nominal efetivamente recebido, referente ao mês de dezembro de 2002, situou-se em R$ 1.014,70. Em termos reais, em relação ao mês anterior, a variação foi de 10,9%, devido à oscilação dos rendimentos dos empregados no setor privado (17,5%), dos empregados no setor público (17,2%). O rendimento dos trabalhadores por conta própria caiu 5,5%. No setor privado, aumentou o rendimento dos empregados com e sem carteira de trabalho assinada (21,5% e 2,7%, respectivamente).

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