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Desemprego provoca 45.000 suicídios ao ano em 63 países

O número faz parte de um estudo de pesquisadores suíços publicado nesta quarta-feira na revista The Lancet Psychiatry

Desemprego na Espanha: os homens e as mulheres são igualmente vulneráveis (Sebastien Berda/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 06h09.

Paris - O desemprego provoca cerca de 45.000 suicídios por ano em 63 países do mundo, entre eles várias economias ocidentais, segundo estudo de pesquisadores suíços publicado nesta quarta-feira na revista The Lancet Psychiatry.

Segundo o grupo de investigadores da universidade de Zurique, é preciso colocar em prática estratégias específicas de prevenção para os desempregados em vez de focalizar unicamente nos efeitos negativos das crises econômicas.

A equipe analisou dados de mortalidade e suicídios entre o ano 2000 e 2011 em 63 países do mundo, entre eles várias economias ocidentais, mas sem incluir países muito povoados como China ou Índia.

Este período foi marcado por uma relativa prosperidade e logo por uma forte instabilidade econômica provocada pela crise financeira e bancária de 2008.

Em todo o período, foram registradas uma médias de 233.000 suicídios a cada ano nos países de referência. Desses, um quinto — cerca de 45.000 — podem ser atribuídos ao desemprego.

A crise de 2008 teve um impacto direto no número de suicídios, com cerca de 5.000.

Segundo os pesquisadores suíços, os homens e as mulheres são igualmente vulneráveis aos efeitos do desemprego.

"O risco de suicídio parece mais forte nos países onde é pouco frequente a falta de emprego", garante o principal autor do estudo, Carlos Nordt.

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Segundo o grupo de investigadores da universidade de Zurique, é preciso colocar em prática estratégias específicas de prevenção para os desempregados em vez de focalizar unicamente nos efeitos negativos das crises econômicas.

A equipe analisou dados de mortalidade e suicídios entre o ano 2000 e 2011 em 63 países do mundo, entre eles várias economias ocidentais, mas sem incluir países muito povoados como China ou Índia.

Este período foi marcado por uma relativa prosperidade e logo por uma forte instabilidade econômica provocada pela crise financeira e bancária de 2008.

Em todo o período, foram registradas uma médias de 233.000 suicídios a cada ano nos países de referência. Desses, um quinto — cerca de 45.000 — podem ser atribuídos ao desemprego.

A crise de 2008 teve um impacto direto no número de suicídios, com cerca de 5.000.

Segundo os pesquisadores suíços, os homens e as mulheres são igualmente vulneráveis aos efeitos do desemprego.

"O risco de suicídio parece mais forte nos países onde é pouco frequente a falta de emprego", garante o principal autor do estudo, Carlos Nordt.

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